Justiça determina despejo da Faculdade Fortium de prédio na Asa Sul
Sentença prevê que instituição deixe edifício da 616 Sul em até um ano e sugere que mudança ocorra no próximo recesso, entre julho e agosto
atualizado
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A Justiça determinou o despejo da Faculdade Fortium do prédio que ocupa na quadra 616 da Asa Sul. Segundo a sentença, a empresa terá que deixar o edifício no prazo máximo de um ano devido aos sucessivos atrasos no pagamento de aluguel.
A decisão é da juíza Thais Araújo Correia, que, na última quinta-feira (26/1), considerou procedente o pedido de despejo que corre na 25ª Vara Cível de Brasília. Na ação, a empresa Ega Administração, Participações e Serviços Ltda. alega que a faculdade deve aproximadamente R$ 1,031 milhão referentes a atrasos em pagamentos de dívidas e de aluguéis em aberto entre fevereiro e maio de 2016. O valor atualizado da causa chega a R$ 1,56 milhão.
Segundo a sentença, a Fortium deve deixar o prédio no período de um ano, prazo estabelecido para evitar prejuízos aos alunos da instituição. Caso não haja a desocupação voluntária, o despejo pode ocorrer de forma compulsória.Ainda na decisão, a sugestão dada pela juíza é que a saída ocorra durante o próximo período de recesso acadêmico, entre os dias 7 de julho e 7 de agosto. A emissão da sentença consta no site do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT). A faculdade deve receber a intimação nos próximos dias.
A reportagem do Metrópoles entrou em contato com a Fortium por meio de e-mail e telefone. A equipe jurídica da instituição afirmou que ainda não recebeu a notificação e que aguardará o documento para emitir um posicionamento.
Dívidas
Conforme apurado em agosto do ano passado, os problemas imobiliários da Fortium não se restringem ao prédio localizado na Asa Sul. A Igreja Evangélica Assembleia de Deus também entrou com um pedido de despejo por falta de pagamentos do aluguel referente à unidade do Gama. A ação está calculada em R$ 794.406,91.
Além dela, outras 40 ações por dívidas foram abertas contra a instituição, incluindo pedidos de falência e processos trabalhistas. Ex-funcionários acusam a empresa de atrasar benefícios, como FGTS e INSS desde 2013.