Justiça condena homem que matou por desconfiar de traição
Marcilone Soares da Silva foi sentenciado a 14 anos de prisão. Ele matou um jovem de 21 por desconfiar que a vítima seria amante de sua esposa
atualizado
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O Tribunal do Júri de São Sebastião condenou o réu Marcilone Soares da Silva a 14 anos de reclusão, em regime fechado, pelo assassinato de Daniel de Oliveira Rodrigues. O autor deve recorrer da decisão em liberdade, já que não representa risco à ordem pública, não atrapalhou o andamento do processo nem indicou fuga.
O motivo do crime foi a suspeita de envolvimento da vítima com a esposa de Silva. No entanto, segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), há provas de que a mulher e Rodrigues nem sequer se conheciam. Os jurados concluíram que o crime foi cometido por motivo torpe, considerado repugnante e que demonstrou falta de moral.
De acordo com o MPDFT, durante o julgamento, houve grande comoção da comunidade em razão do contexto do assassinato de Rodrigues, à época com 21 anos. Testemunhas afirmaram que o jovem era tímido, ajudava a mãe com as tarefas de casa e saia pouco, normalmente para ir à igreja, e sonhava em se casar.
Para o promotor de Justiça que participou do julgamento, o crime chama a atenção pelo fato de o acusado ter matado apenas por desconfiar de uma traição, sendo que a mulher não conhecia a vítima.
Crime
Segundo a denúncia do MPDFT, o homicídio ocorreu em 2 de junho de 2008, por volta das 12h30, na Vila São José, em São Sebastião. Marcilone e a companheira viviam juntos em um barraco alugado pela mãe da vítima. Naquele dia, a vítima não foi trabalhar em decorrência da greve dos ônibus. Ele estava com um irmão em casa, quando foi surpreendido pelo acusado, que disparou três tiros e fugiu.
Vizinhos tentaram levar o jovem baleado para o hospital, mas ele acabou falecendo. De acordo com a sentença, uma carta deixada pelo acusado para sua então companheira indicou que o crime havia sido premeditado. Com informações do MPDFT