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Justiça aceita denúncia contra envolvidos em execução de travesti

Acusados responderão por homicídio triplamente qualificado, cometido por motivo torpe, modo cruel e sem chance de defesa para a vítima

atualizado

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Aghata Lios
1 de 1 Aghata Lios - Foto: Facebook/Reprodução

A Justiça aceitou denúncia da Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Taguatinga contra quatro pessoas envolvidas no assassinato da travesti Ágata Lios. O crime aconteceu em 26 de janeiro de 2017 dentro do Centro de Distribuição dos Correios na cidade, em decorrência de disputa por ponto de prostituição. As câmeras de segurança do local gravaram o homicídio. O caso foi mostrado, em primeira mão, pelo Metrópoles.

Uma das denunciadas é acusada, ainda, de roubo, e outras duas, de corrupção de menores. Os envolvidos no crime vão responder por homicídio triplamente qualificado.

Segundo o MP, os acusados agiram por motivo torpe e o assassinato foi praticado de forma  cruel porque Ágata foi agredida de diversas formas antes de ser assassinada. “Além disso, também foi empregado recurso que dificultou a defesa da vítima, pois ela foi encurralada por quatro pessoas em meio aos móveis do local”, ressaltou a promotoria na denúncia.


De acordo com as investigações, a disputa pelo ponto de prostituição levou a divergências entre as cinco envolvidas. No dia do crime, quatro delas, orientadas por uma cafetina, decidiram resolver a pendência matando a vítima. Armaram-se com facas e facões e, com a ajuda de outro acusado, motorista de Uber, foram ao encontro de Ágata.

Ao encontrá-la, começaram a perseguição. A vítima se abrigou no Centro de Distribuição dos Correios, em Taguatinga, onde foi encurralada e agredida. As acusadas fugiram com a ajuda do motorista, que as aguardava para a fuga. Ágata não resistiu aos ferimentos e morreu na mesma noite.

Registrada como Wilson Julio Suzuki Júnior, Ágatha foi executada a golpes de facão. Viraram réus na Justiça Deyvisson Pinto Castro (Lohanny Castro); Francisco Delton Lopes Castro (Samira); Greyson Laudelino Pessoa (Bruna Alencar); e Israel Luiz da Silva Santos.

Em 17 de julho, Carolina Andrade e Lohanny Castro foram presas em Manaus (AM), para onde fugiram após executar a vítima. Elas foram denunciadas por um cliente, após um roubo.

A vítima

9 imagens
A travesti costumava fazer ponto em Taguatinga Sul, local onde foi assassinada
A morte da travesti acabou revelando um grande esquema de prostituição no DF
Ágatha costumava viajar por todo o Brasil atrás de novos clientes
A polícia conseguiu identificar as cinco envolvidas no assassinato
A travesti era natural de Porto Velho (RO) e teria vindo para o DF para ganhar dinheiro com programas sexuais
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Ágatha foi morta em 26 de janeiro de 2017 por um grupo de quatro travestis — a quinta envolvida é acusada de emprestar a arma do crime

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A travesti costumava fazer ponto em Taguatinga Sul, local onde foi assassinada

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A morte da travesti acabou revelando um grande esquema de prostituição no DF

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Ágatha costumava viajar por todo o Brasil atrás de novos clientes

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A polícia conseguiu identificar as cinco envolvidas no assassinato

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A travesti era natural de Porto Velho (RO) e teria vindo para o DF para ganhar dinheiro com programas sexuais

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Antes de morrer, Ágatha teria suplicado por sua vida

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Os policiais identificaram que Ágatha tinha se desentendido com outra travesti, o que teria motivado sua morte

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Outras tavestis tinham inveja da beleza de Ágatha e resolveram matá-la

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