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Júri condena terceiro acusado do Crime da 113 Sul

Paulo Cardoso Santana deve cumprir pena de 62 anos e 1 mês de reclusão, além de pagar multa

atualizado

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Arquivo Pessoal
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1 de 1 casal-vilela - Foto: Arquivo Pessoal

O Tribunal do Júri de Brasília condenou, nesta terça-feira (6/12), Paulo Cardoso Santana pelo triplo homicídio do ministro aposentado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela; a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela; e da empregada do casal, Francisca Nascimento da Silva, vítimas do que ficou conhecido como o “Crime da 113 Sul”. Também condenado por furto, Santana deve cumprir pena de 62 anos e 1 mês de reclusão, em regime inicial fechado, mais multa.

Paulo Cardoso não terá direito a recorrer da sentença em liberdade. O julgamento teve início na segunda-feira (5), às 10h30,e foi concluído no fim da tarde desta terça (6). Cinco testemunhas foram ouvidas no primeiro dia, inclusive dois filhos de Leonardo Campos Alves, já condenado pelos mesmos crimes em 2012. Em depoimento hoje, o réu permaneceu calado.

Na tarde desta terça (6), o Ministério Público pediu a condenação do acusado pelos três homicídios e pelo furto, além do pagamento de multa. A defesa, por sua vez, pediu a absolvição do réu por falta de provas ou a desclassificação do crime para latrocínio, o que tiraria a competência do júri para julgamento.

Os jurados, no entanto, aderiram integralmente à tese da acusação e acolheram a denúncia. Ao ler a sentença condenatória, o juiz ressaltou a barbaridade e a selvageria empregadas nos assassinatos. “Os crimes foram cometidos da forma mais brutal possível, causando muito sofrimento físico e principalmente mental nas vítimas. O meio utilizado não foi somente cruel, mas monstruoso”.

Crimes
No dia 28 de agosto de 2009, José Guilherme Villela, Maria Carvalho Mendes Villela e Francisca Nascimento da Silva foram assassinados brutalmente, dentro do apartamento do casal. As investigações da Polícia Civil concluíram que o crime havia sido encomendado pela filha do casal, Adriana Villela, e executado por três homens: Leonardo Campos Alves, Francisco Mairlon e Paulo Cardoso Santana.

Leonardo e Francisco Mairlon foram julgados e condenados em 2012, a 60 e 55 anos de prisão, respectivamente, e não recorreram da decisão. Paulo Santana recorreu, e o recurso foi julgado pela Primeira Turma Criminal do TJDFT, que manteve a decisão de primeira instância.

Adriana Villela também recorreu, mas não houve consenso entre os desembargadores em relação a participação dela. Por esse motivo, ela entrou com outro recurso previsto em lei para casos em que há divergência de votos. O novo recurso está em tramitação na Primeira Câmara Criminal do TJDFT e ainda não há prazo para julgamento. (Com informações do TJDFT)

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