Julgamento de Nenê Constantino entra no quarto dia nesta quinta (11)
O fundador da Gol Linhas Aéreas enfrenta o Tribunal do Júri pelo homicídio do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em 2001
atualizado
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O julgamento do empresário e ex-dono da Gol Linhas Aéreas Nenê Constantino de Oliveira, 86 anos, e de mais quatro réus pelo assassinato do líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, em 2001, entra no quarto dia nesta quinta-feira (10/5). A expectativa é de que o veredito saia ainda hoje. A sessão começará com a réplica do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), fase que ocorre com o fim da sustentação das defesas.
Na quarta (10), a sessão começou com a sustentação oral do MPDFT. No início de suas alegações, o promotor de Justiça Bernardo de Urbano Resende disse que “não há dúvida quanto à presença de indícios suficientes de participação” dos réus no processo.
Segundo ele, é necessário que os jurados ouçam com muita atenção as provas que o MP tem a apresentar para que façam um julgamento justo sobre os cinco réus e os responsabilize pelo crime. “Estamos julgando pessoas humildes, mas também um dos maiores empresários do Brasil. O que deve acontecer é que todos sejam responsabilizados pelo que fizeram com o mesmo peso. Constantino colhe o que planta”, disse.
Na terça (9), o empresário Nenê Constantino foi interrogado pelo juiz João Marcos Guimarães Silva no Tribunal do Júri de Taguatinga. Também no segundo dia de sessão, todos os cinco acusados pelo homicídio de Márcio Brito depuseram. Por volta das 15h20, Nenê Constantino foi dispensado do plenário. A defesa solicitou mais uma vez a dispensa do ex-dono da Gol, alegando questões de saúde do réu.
Constantino passou mal à noite
No primeiro dia de julgamento, na segunda (8), Constantino passou mal após sofrer um pico de pressão e foi liberado de comparecer a todas as sessões, devido à idade avançada. Ele terá que se apresentar apenas quando os demais réus forem depor, como nesta terça (9).
Mesmo sem a presença de Constantino, o júri pôde ouvir os relatos da delegada Mabel de Faria, que conduziu as investigações do assassinato de Márcio Leonardo de Sousa Brito. Segundo ela, o empresário foi o mandante do assassinato. Ele responde por homicídio qualificado.
A vítima era um líder comunitário e, com cerca de mais 100 pessoas, ocupou um terreno onde funcionou uma garagem da Viação Pioneira, de propriedade do fundador da Gol. O crime teria sido encomendado para intimidar o grupo que estava no local.
Crime
Além do empresário, são julgados Vanderlei Batista Silva, João Alcides Miranda e João Marques dos Santos, acusados de conspirar para cometer o assassinato. O quinto e último réu é Victor Bethônico Foresti, genro de Nenê. Manoel Tavares, que seria responsável pelo disparo que tirou a vida da vítima, já morreu.
De acordo com as investigações, Constantino foi o mandante do assassinato. Ele responde por homicídio qualificado. Márcio Brito, a vítima, era um líder comunitário e, com cerca de mais 100 pessoas, ocupou um terreno onde funcionou uma garagem da Viação Pioneira, de propriedade do fundador da Gol. O crime teria sido encomendado para intimidar o grupo que estava no local.