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Juiz absolve bombeiro acusado de participar de racha na L4 Sul

Para magistrado, o outro envolvido não agiu com dolo e teve caso remetido a uma Vara Criminal Comum. No acidente, duas pessoas morreram

atualizado

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Corpo de Bombeiros/Divulgação
acidente racha l4 sul
1 de 1 acidente racha l4 sul - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A Justiça absolveu, nesta segunda-feira (11/3), “sumariamente”, o bombeiro militar Noé Albuquerque Oliveira, acusado de participar de um racha na L4 Sul que resultou em duas mortes. Na mesma sentença, o magistrado remeteu o caso de Eraldo José Cavalcante Pereira, outro suspeito de participar do ocorrido, a uma Vara Criminal Comum – antes, ele seria julgado pelo Tribunal do Júri. Eraldo dirigia o carro que atingiu o veículo das vítimas.

A decisão é do juiz substituto Frederico Ernesto Cardoso Maciel, que ainda determinou a devolução da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Noé.

O acidente ocorreu por volta das 19h30 de 30 de abril de 2017, um domingo. Testemunhas afirmam que a Land Rover Evoque de Noé e o Jetta de Eraldo estavam emparelhados, em alta velocidade, na via.

Segundo Eraldo, ele teria perdido o controle do Jetta e atingido um Fiesta onde estavam quatro pessoas da mesma família. A força foi tanta que o carro das vítimas capotou.

A traseira do veículo ficou completamente destruída. No banco de trás, devidamente presos ao cinto de segurança, estavam Cleusa Maria Cayres, 69 anos, e Ricardo Clemente Cayres, 46 – respectivamente, mãe e filho. Para eles, não houve tempo de socorro: morreram após o impacto.

Em audiência de instrução feita em abril de 2018, Eraldo confirmou que dirigia a 110 km/h, conforme apontado em laudo da Polícia Civil.

“Revolta”
Nesta segunda (11), a viúva de Ricardo, Fabrícia de Oliveira Gouveia, disse ao Metrópoles ter entrado em estado de choque ao receber a notícia da absolvição. Ela conta que foi tomada por uma tristeza que não sentia desde quando recebeu a notícia da morte do marido e da sogra.

Pelo Ministério Público, eles foram denunciados por homicídio triplamente qualificado e duas tentativas de homicídio, não foi nem lesão corporal. Como pode ser esse o resultado?

Fabrícia Gouveia, viúva de Ricardo

Ela diz que sentiu “revolta” e ainda não teve coragem de contar sobre a absolvição aos parentes do marido. “Eu olho esse processo diariamente e, no dia em que fui ao IML [Instituto Médico Legal] reconhecer os corpos, prometi a eles que a justiça seria feita. Num momento em que a gente vê o aumento de crimes de trânsito por conta do álcool, não é essa a resposta que se espera da Justiça.”

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Eraldo José Cavalcante dirigia o Jetta que atingiu o carro das vítimas
Um dos mortos no acidente foi o designer Ricardo Cayres, que trabalhava como terceirizado no Banco Central
Fabrícia de Oliveira Gouveia perdeu o marido e a sogra no grave acidente ocorrido na L4 Sul
O impacto foi tão forte que o carro da família bateu em uma árvore e capotou
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O acidente na L4 Sul ocorreu em 30 de abril de 2017 e deixou dois mortos

DER-DF/Reprodução
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Eraldo José Cavalcante dirigia o Jetta que atingiu o carro das vítimas

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Um dos mortos no acidente foi o designer Ricardo Cayres, que trabalhava como terceirizado no Banco Central

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Fabrícia de Oliveira Gouveia perdeu o marido e a sogra no grave acidente ocorrido na L4 Sul

Michael Melo/Metrópoles
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O impacto foi tão forte que o carro da família bateu em uma árvore e capotou

DER-DF/Divulgação

 

Ao Metrópoles, o advogado de defesa de Noé e Eraldo, Alexandre Queiroz, disse que “reitera o respeito aos familiares das vítimas, porém, neste momento, não poderia deixar de externar sua satisfação na medida em que a Justiça acolheu a tese defensiva com base na prova produzida nos autos, notadamente a prova técnica [laudos periciais]”.

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