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Jovem que atropelou ciclista no Lago Norte confirma que estava bêbada

Mônica Karina Rocha foi ouvida pelo juiz responsável pela denúncia. Em abril, ela causou a morte do empresário Edson Antonelli

atualizado

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Divulgação/CBMDF
ciclista atropelado
1 de 1 ciclista atropelado - Foto: Divulgação/CBMDF

O juiz titular da 8ª Vara Criminal de Brasília realizou na quinta-feira (23/11) a audiência de instrução e julgamento no processo em que figura como ré a estudante Mônica Karina Rocha Cajado Lopes, 20 anos, acusada de atropelar e matar o empresário Edson Antonelli, 61, em via pública do Lago Norte, em abril deste ano. Ele pedalava na ciclovia quando ocorreu o acidente.

Na sessão, foram ouvidas três testemunhas, além da motorista, que confirmou a autoria do homicídio culposo (sem intenção de matar) e da embriaguez ao volante.

O processo entra agora na fase das alegações, por escrito, da promotoria e da defesa. Após os prazos processuais de cada parte, o juiz irá proferir a sentença.

Reprodução
Mônica conseguiu a liberdade depois de pagar fiança de R$ 5 mil

Edson Antonelli foi atropelado enquanto pedalava na ciclofaixa do Lago Norte, como costumava fazer diariamente. Moradora do Sudoeste, Mônica dirigia um GM Ônix quando atropelou Edson. Ela teria invadido a pista exclusiva para ciclistas. O corpo do empresário foi arrastado por alguns metros até que a jovem conseguiu parar o carro.

O teste do bafômetro feito por agentes do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) detectou que a motorista dirigia com 0,865 miligrama de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Após o resultado, a PM encaminhou a mulher para a 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá).

Na delegacia, Mônica contou que voltava da festa Surreal, na Torre Digital. Ela disse ter pegado um Uber até a QI 12 do Lago Norte, onde seu carro estava estacionado, e acredita ter dormido ao volante. A estudante chegou a ser presa, mas foi colocada em liberdade pela Justiça.

A defesa da ré reforça que Mônica não teve a intenção de matar e que ela pretendia dormir na casa da amiga, onde deixou o carro, mas achou que conseguia chegar em casa. Após pagar fiança de R$ 5 mil, a jovem foi denunciada pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Caso seja condenada pelos dois crimes, ela poderá pegar entre dois e sete anos de reclusão.

Reprodução
Edson pedalava todos os dias

Brincalhão
Segundo os familiares e amigos, o empresário era brincalhão e costumava praticar exercícios com frequência. Para a coordenadora-geral da ONG Rodas da Paz, Renata Florentino, 32 anos, a segurança e o respeito aos ciclistas devem ser garantidos por meio de campanhas educativas, sinalização das vias e fiscalização rigorosa. “O que aconteceu (no Lago Norte) não foi um acidente e, sim, um crime. Isso poderia ser evitado se a motorista seguisse as normas de trânsito”, disse.

Para reverter as estatísticas, Renata defende que é necessário uma vigilância constante da sociedade. “Que os amigos e familiares não deixem que o amigo embriagado saia dirigindo por aí. Só assim conseguiremos evitar mais mortes”, alerta.

 

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