Gusttavo Lima recebe ação judicial em hotel de Brasília

Não é raro um cantor atrasar-se para um show. Mas o motivo de espera dos fãs de Gusttavo Lima nesta quarta-feira (11/5) não foi mera excentricidade de artista.

Depois de dois anos na cola do cantor, oficiais de justiça e advogados conseguiram encontrá-lo e entregar a ele uma ação judicial. O processo, recebido antes da apresentação em uma casa de shows da capital, é motivado por uma suposta quebra de contrato por parte de Gusttavo Lima. A multa prevista pelo descumprimento do acerto chega a R$ 1,7 milhão.

Os oficiais procuravam o sertanejo desde 2014. Mas as constantes viagens e algumas táticas dignas de Ferris Bueller dificultavam a vida dos advogados da suposta vítima de golpe. Mas quando souberam do show do sertanejo na capital, marcado para a noite da última quarta (11/5), os representantes legais entraram com um pedido de urgência à Justiça do DF para não deixar a chance escapar.

A busca foi autorizada e chegou-se a especular que a intimação seria entregue em pleno local do show. Mas para evitar qualquer tipo de tumulto (ou tentativa de fuga), os oficiais foram atrás de Nivaldo Batista Lima, nome real do cantor, no hotel onde estava hospedado antes da apresentação.

Ao chegarem no local, produtores e seguranças até tentaram despistar o paradeiro do cantor. Mas com insistência, os representantes da Justiça conseguiram encontrá-lo e entregaram o processo. Gusttavo chegou a ficar tenso, mas não perdeu a educação e recebeu os documentos.

Uma vez que a ação foi finalmente entregue, a Justiça poderá agora marcar uma audiência entre as partes para a tentativa de um acordo. Resta saber quem cantará mais alto na sessão.

Recebeu, mas não cantou
O caso de justiça começou no início de 2014, quando uma empresa de cosméticos decidiu contratar Gusttavo Lima como garoto-propaganda de uma nova linha de produtos. O contrato previa fotos publicitárias, aparições na TV e na mídia por seis meses além da participação em um show realizado em Brasília. Para isso, foram pagos R$ 280 mil, além de outros R$ 80 mil em títulos de doação. segundo a contratante.

Acontece que o cantor não fez qualquer uma das ações combinadas. Sequer deu explicações sobre os motivos da quebra de contrato.

A empresa decidiu então entrar com ação judicial contra o artista. Eis que começa a saga. Por questões legais, os documentos deveriam ser entregues em mãos para o artista.

Só que a tarefa que parecia simples acabou durando dois anos. Viagens, informações para despistar a Justiça e até uma suposta doença do cantor impediram os oficiais de se aproximarem. Mas a missão foi finalmente realizada nesta quarta-feira (11).

Diferente da Justiça, a reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com Gusttavo Lima.