Filhos são os que mais cometem violência contra os idosos no DF

Durante o ano de 2016, a Central Judicial do Idoso do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) realizou um total de 2,6 mil atendimentos, sendo 1.071 acolhimentos (demandas que chegaram pela primeira vez) e 1.530 acompanhamentos (retorno à central, de pessoas que já foram acolhidas). Do total dos casos atendidos, 283 foram relativos à violência e na maioria dos registros (119) praticada pelos próprios filhos.

O tipo de violência prevalente contra os idosos atendidos foi a psicológica, com 106 casos, seguida da financeira, com 94, e da negligência, com 55 ocorrências. Em alguns casos, a vítima sofria mais de um tipo de violência.

A violência psicológica caracteriza-se por agressões verbais ou gestos que visem afetar a autoestima, a autoimagem e a identidade da pessoa idosa, ou mesmo aterrorizá-la. Incluem-se aqui insultos e ameaças.

A violência financeira é a exploração indevida da renda e apropriação do patrimônio do idoso, como, por exemplo, obrigar a pessoa a contrair empréstimo. Por negligência, entende-se a falta de atenção para com as necessidades da pessoa idosa, como o descuido com segurança e higiene.

As maiores vítimas da violência foram as mulheres, em 157 casos. Os homens sofreram violência em 95 ocorrências. A região administrativa com maior número de casos de violência atendidos pela central em 2016 foi Ceilândia (42), seguida de Brasília (30) e de Samambaia (22).

A Central Judicial do Idoso é um projeto pioneiro do TJDFT,  Ministério Público e da Defensoria Pública e atua no acolhimento daqueles que têm seus direitos ameaçados ou violados e que necessitam de orientação na esfera da Justiça.

A central funciona no 4º andar do bloco B do Fórum de Brasília e atende aos idosos das 12h às 18h. O telefone de contato é 3103-7609. (Com informações do TJDFT)