metropoles.com

Fachin compartilha com TJDFT delação de Funaro que cita Filippelli

Tramita na Justiça do DF processo que apura suposto recebimento de vantagem indevida pelo ex-vice-governador do DF em licitação de ônibus

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A delação do operador financeiro Lúcio Funaro, peça chave da Operação Lava Jato, poderá ser usada contra o ex-vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli (MDB). O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou que as informações de dois anexos da colaboração premiada de Funaro sejam compartilhados com o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

“Determino à Secretaria Judiciária desta Corte Suprema que encaminhe à autoridade solicitante mídia digital contendo cópia do termo de depoimento”, diz o ministro na decisão de 9 de maio. O processo tramita em sigilo.

Filippelli é citado nos anexos 17 e 20, ao lado do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ), para favorecer o dono da Gol e de parte da Viação Piracicabana, Henrique Constantino.

De acordo com os depoimentos de Funaro, o ex-vice-governador do DF teria garantido que apenas a viação de Constantino participasse de uma licitação no DF. O processo chegou a ser investigado por uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) na Câmara Legislativa (CLDF), responsável pela apuração de irregularidades no transporte público da capital. Tadeu Filippelli teria agido para impedir o andamento da CPI.

O Anexo 17 da delação de Funaro mostra que o esquema envolvia o pagamento de propina ao emedebista para a redução de impostos da gasolina de aviação e desoneração da folha nos setores de transporte aéreo e rodoviário a pedido de Constantino.

 

5 imagens
1 de 5

Documento compartilhado com o Ministério Público do DF cita suposto recebimento de propina por parte de Filippelli

Reprodução
2 de 5

Reprodução
3 de 5

Reprodução
4 de 5

Reprodução
5 de 5

Reprodução

O advogado de defesa de Tadeu Filippelli, Alexandre Queiroz, afirmou que ainda não teve acesso à decisão. Por isso, não pode se pronunciar.

ICMS
A redução do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) foi feita no âmbito do DF, em 18 de abril de 2013, quando a alíquota caiu de 25% para 12%. A desoneração veio por meio da Medida Provisória n° 563/2012, do governo federal.

Segundo o documento da PGR, também ocorreu mediante pagamento de propina. As duas iniciativas teriam beneficiado diretamente as empresas de Constantino, pois os dois maiores gastos do grupo são justamente pessoal e combustível.

Outro lado
Ao Metrópoles, o ex-governador afirmou desconhecer qualquer das irregularidades atribuídas a ele pela PGR ou por Funaro. “Eu ainda não vi nenhum documento, não recebi nada. Vocês [imprensa] ficam sabendo das coisas antes da gente. No entanto, a acusação é ainda mais absurda porque eu não estava na Câmara Federal, portanto, não tinha como atuar em nenhuma MP. Sobre redução de imposto, isso não é atribuição de vice-governador”, afirmou Filippelli.

A assessoria de imprensa do MPDFT informou que o órgão ainda não recebeu os anexos da delação de Funaro. Somente quando os documentos chegarem ao órgão será feita a análise sobre a pertinência de investigá-lo via procuradoria.

Panatenaico
Esse é mais um baque que Filippelli sofre às vésperas da campanha eleitoral. Presidente do MDB-DF e pré-candidato a deputado federal, o político tornou-se réu, ao lado de outras 11 pessoas, na Operação Panatenaico.

Em 25 de abril, a juíza Pollyana Kelly Maciel Medeiros Martins Alves, da 12ª Vara da Justiça Federal no DF, acatou denúncia do Ministério Público Federal (MPF-DF) contra 12 investigados. Entre eles, estão os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), além de Filippelli.

Eles vão responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude a licitação por supostos desvios na obra de construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha.

O ex-vice-governador também foi alvo da nova fase da Panatenaico, que apura desvios de recursos na obra do BRT Sul. Segundo as investigações, houve superfaturamento de R$ 208 milhões na obra.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?