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Digitalização de processos no TJDFT contará com trabalho de surdos

Os novos colaboradores foram recebidos na quarta-feira (17/1) pelo presidente do Tribunal, o desembargador Mário Machado

atualizado

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Divulgação/TJDFT
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1 de 1 surdas - Foto: Divulgação/TJDFT

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) contratou 90 pessoas, sendo 87 delas surdas, para trabalhar na digitalização, no controle de qualidade e na indexação de processos judiciais. Os novos colaboradores foram recebidos na quarta-feira (17/1) pelo presidente da Corte, o desembargador Mário Machado.

O objetivo é atender à crescente demanda pela digitalização dos autos arquivados e os remanescentes da implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe). Com os recém-contratados, o TJDFT começa uma nova etapa e amplia a digitalização de 384 mil processos físicos da Vara de Execuções Fiscais, iniciada em 2017, já na próxima semana.

Também será iniciado o trabalho de digitalização do acervo de cerca de três milhões de processos em arquivo, guardados pelo TJDFT. Diariamente, o tribunal recebe entre 1,2 mil e 1,5 mil pedidos de desarquivamento, o que exige uma logística, com custo elevado, para que os autos cheguem às partes requerentes.

“Com a digitalização, em um futuro breve, poderemos disponibilizar a imagem digital para advogados e partes, desburocratizando o procedimento”, explicou o juiz Joel Chaves Neto, diretor do Complexo de Armazenamento do TJDFT.

O desembargador Mário Machado destacou o caráter inclusivo do contrato firmado com a Associação de Centro de Treinamento de Educação Física Especial (CETEFE), para a contratação dos surdos, muitos deles tendo sua primeira oportunidade no mercado de trabalho. Ressaltou a economia trazida pela digitalização, pois evita gastos com papel e material, além de tornar o processo mais ágil, o que significa que a Justiça se tornará mais rápida para o cidadão.

Tenho certeza de que esse trabalho representa muito para a sociedade do Distrito Federal e o TJDFT agradece a todos pela oportunidade de tê-los conosco.

desembargador Márcio Machado

100 anos
O projeto será iniciado pelos processos arquivados oriundos das varas de família e das criminais, em razão do período de tempo que devem ser guardados e da quantidade de acessos registrados. Alguns deles precisam ficar arquivados por até 100 anos e muitos são bastante consultados. Atualmente, o TJDFT tem um acervo de mais de 590 mil processos arquivados oriundos de varas de família e mais de 33 mil das criminais.

O Processo Judicial Eletrônico também apresenta demandas. Quando o sistema PJe é instalado em uma vara, os processos passam a ser recebidos eletronicamente, mas restam os anteriores que tramitavam em papel. Em muitas dessas varas, é feita a opção por digitalizar esses autos remanescentes.

O PJe está sendo implementado paulatinamente no TJDFT desde julho de 2014. Atualmente, está em funcionamento em 66% das serventias e, até o final deste ano de 2018, chegará a todo o tribunal.

(Com informações do TJDFT)

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