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DF: pai de santo é denunciado por aborto e violência sexual

Homem foi alvo de operação da PCDF e teria abusado de mais vítimas no Distrito Federal

atualizado

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Wilson Rodrigo Braga de Araújo, conhecido como Wil, Exu Capitão Veludo, Exu Veludo e Exu Padilha, por aborto e violação sexual mediante fraude. A vítima frequentava a Tenda Espírita Caboclo Carlos Légua, em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, onde o homem era pai de santo.

A denúncia foi feita em 21 de fevereiro. Segundo a Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Ceilândia, durante dois anos, entre janeiro de 2017 e novembro de 2019, a vítima manteve relações sexuais mediante fraude com o líder religioso em um motel em Taguatinga e na residência do acusado, em Ceilândia.

A primeira delas ocorreu quando a vítima ainda era adolescente. Wilson de Araújo dizia estar incorporado por Exu Capitão Veludo e que os dois deveriam praticar o ato sexual para que a “entidade” a protegesse de um estupro. Após o primeiro encontro, Wilson disse que não tinha sido suficiente e que eles deveriam manter novas relações sexuais.

Em setembro de 2019, a vítima descobriu que estava grávida e contou para Wilson. Dizendo estar incorporado pela mesma entidade, Exu Capitão Veludo, ele ofereceu duas opções para a mulher: ter a criança, o que acarretaria que a vítima fosse expulsa de casa e o pai de santo do centro espírita, ou abortar. Mediante meio fraudulento, ela consentiu com o aborto. O acusado entregou diversas substâncias para que a jovem ingerisse, o que provocou intenso sangramento vaginal e a expulsão do feto.

Operação Veludo

O homem, 31 anos, foi preso no dia 14 de janeiro, em Ceilândia, durante a Operação Veludo da Polícia Civil. O religioso dizia que as vítimas teriam prosperidade e se livrariam de maldições caso tivessem relações sexuais com ele.

Além da adolescente, o pai de santo é suspeito de abusar sexualmente de três mulheres no Distrito Federal. De acordo com as denúncias, os abusos acontecem há pelo menos quatro anos.

“Conseguia envolver as vítimas e levava para a residência dele. Sempre com o argumento de haver imagens religiosas no local que as mulheres precisavam ter contato”, disse a delegada Sandra Melo, chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam).

 

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