Desembargador Mário Machado toma posse na presidência do TJDFT
O magistrado, investigado pelo CNJ por supostamente ter favorecido o filho de um colega, substitui Getúlio Moraes em mandato que tem duração de dois anos
atualizado
Compartilhar notícia
Alvo de um procedimento interno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suspeita de ter favorecido o filho de um colega magistrado, o desembargador Mário Machado Vieira Netto tomou posse na presidência do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) na noite desta sexta-feira (22/4). O mandato é de dois anos.
Machado assume o cargo no lugar de Getúlio Moraes. No discurso, ele destacou o foco de sua administração: “Nos empenharemos em cumprir as metas do Conselho Nacional de Justiça, entre elas, a de priorizar os julgamentos de processos de improbidade administrativa e de crimes contra administração pública”, afirmou.O magistrado, entretanto, não citou o procedimento de Pedido de Providências do CNJ que investiga possíveis irregularidades na transferência do servidor Pedro Ivo Mendes Gonzaga Neiva do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) para o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Pedro Ivo não ficou sequer uma semana no TRE-DF e foi cedido ao TJDFT, onde seu pai, o desembargador Romeo Gonzaga Neiva, atuava, até esta sexta (22), como corregedor-geral de Justiça.
Autoridades
Rodrigo Rollemberg (PSB) prestigiou a posse do novo chefe do Judiciário do DF. Além do governador, os deputados distritais Chico Leite (Rede), Celina Leão (PPS) e Raimundo Ribeiro (PPS); o reitor da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Camargo; a secretária de Planejamento Orçamento e Gestão, Leany Lemos; o secretário de Educação, Júlio Gregório, prestigiaram a cerimônia. O presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, também esteve na Sala de Sessões Plenárias, onde ocorreu o evento.
Em seu discurso de posse, Mário Machado falou ainda sobre o momento difícil pelo qual passa o país e afirmou que, em tempos de restrição financeira, serão impostas ações de austeridade e criatividade. “A missão deste tribunal é proporcionar o acesso à Justiça e à resolução dos conflitos. Precisamos proporcionar instrumentos modernos que possibilitam a conciliação. Nosso compromisso é com a agilidade, aumento da produtividade dos processos judiciais e administrativos eletrônicos”, afirmou.