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Delegada do crime da 113 Sul é condenada a mais de 16 anos de prisão

Martha Vargas foi condenada por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura. Além da delegada, o agente da Polícia Civil José Augusto Alves foi sentenciado por tortura

atualizado

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Reprodução/TV Globo
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1 de 1 martha vargas - Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça do Distrito Federal condenou a delegada Martha Geny Vargas Borraz, que conduziu as investigações do assassinato do casal Villela e da empregada da família na 113 Sul, por falsidade ideológica, fraude processual, violação de sigilo funcional e tortura. Ela teve pena total fixada em 16 anos e 28 dias de reclusão, um ano, 9 meses e 10 dias de detenção e 81 dias-multa.

Além da delegada, o agente da Polícia Civil José Augusto Alves também foi condenado por tortura e teve pena fixada em 3 anos, um mês e 10 dias de reclusão. O outro acusado no processo, o policial militar Flávio Teodoro da Silva, foi absolvido de todas as acusações por ausência de provas.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou os policiais pela prática de diversos crimes que teriam ocorrido durante a investigação para apurar o caso que ficou conhecido como “Crime da 113 Sul”. Eles apresentaram defesa na qual se disseram inocentes.

O juiz da 6ª Vara Criminal de Brasília entendeu que as provas foram suficientes para comprovar as condutas criminosas da delegada, assim como do policial civil. Eles ainda podem recorrer da decisão.

Relembre o caso
No dia 31 de agosto de 2009, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral José Guilherme Villela, a mulher dele, Maria Carvalho Mendes Villela, e a empregada Francisca Nascimento da Silva foram encontrados mortos no apartamento do casal, na 113 Sul.

De acordo com a perícia da época, as vítimas teriam morrido três dias antes após levarem 78 facadas. A investigação foi conturbada. Martha Vargas acabou afastada devido às acusações de prejudicar as investigações. Assim, o caso passou para as mãos da delegada Mabel Farias, da Coordenação de Investigação de Crimes Contra a Vida (Corvida).

Após mais de um ano de investigações e diversas reviravoltas, Leonardo Campos Alves, ex-porteiro do prédio onde o casal morava; Paulo Cardoso Santana, sobrinho de Leonardo; e Francisco Mairlon Barros Aguiar foram presos pelo triplo assassinato. Em 2012, um júri popular condenou a 55 anos de prisão os assassinos confessos do casal: Francisco Mairlon e Leonardo Campos.

Entretanto, o crime ainda não teve um desfecho completo. Segundo Campos, a mandante dos assassinatos teria sido a filha do casal. De acordo com o MPDFT, a mulher recebia uma mesada de R$ 8 mil por mês e tinha constantes brigas com a mãe por pedir mais auxílio financeiro. A suspeita chegou a ficar 19 dias detidas, mas foi solta e responde às acusações até hoje em liberdade. (Com informações do TJDFT).

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