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Clã Roriz é intimado a depor em processo que apura empréstimo suspeito

Justiça marcou para 12 de julho as oitivas de Jaqueline, Weslliane e Rodrigo Roriz. O ex-governador foi dispensado por insanidade mental

atualizado

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Celso Junior/Estadão Conteúdo
Joaquim Roriz e filhas
1 de 1 Joaquim Roriz e filhas - Foto: Celso Junior/Estadão Conteúdo

A 2ª Vara Criminal de Brasília intimou a família Roriz a depor no mesmo dia, em 12 de julho deste ano, na ação penal que investiga se Joaquim Roriz, quando governador do DF, usou de sua influência política para liberar um empréstimo de R$ 6,7 milhões no Banco do Brasil e, em troca, receber da construtora WRJ Engenharia 12 apartamentos em um edifício de Águas Claras.

De acordo com as investigações iniciadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), os imóveis foram distribuídos entre integrantes do clã, como as filhas Jaqueline, Weslliane e Liliane Roriz, além do neto do ex-chefe do Executivo local Rodrigo Roriz. A deputada Liliane Roriz (Pros) é outra citada como beneficiária do esquema, mas o processo dela corre no Conselho Especial do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT)

Os irmãos Renato e Roberto Cortopassi, proprietários da WRJ; e o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura também são réus no processo e serão ouvidos pela Justiça brasiliense no mesmo dia.

“O favorecimento ilegal, tanto na concessão quanto na renegociação dos empréstimos, deu-se por obra da influência política do ex-governador do DF, que recebeu, em contrapartida, por intermédio de suas filhas, netos e da empresa JJL Administração e Participação LTDA., 12 unidades habitacionais”, destaca a denúncia.

Joaquim Roriz também é réu, mas a Justiça arquivou o processo em seu nome após homologar um documento do Instituto Médico Legal (IML) que atesta um quadro de insanidade mental do político. O arquivamento ocorreu em 27 de fevereiro.

Amputação
Em agosto de 2017, o Metrópoles revelou que Roriz precisou amputar dois dedos do pé direito por causa do agravamento de sua diabetes. O político voltou ao hospital 11 dias depois e, dessa vez, teve a perna direita amputada na altura do joelho. Àquela altura, já havia o diagnóstico de  Alzheimer.

O ex-governador luta, com o apoio da família, para controlar o avanço da doença. Ele também é paciente renal crônico.

Em novembro de 2015, o ex-governador ficou quase uma semana internado após um quadro de hipertensão e taquicardia e precisou fazer um cateterismo, o qual não identificou nenhum problema de saúde além dos já conhecidos.

O patriarca da família Roriz governou o DF por 14 anos. Em 2006, foi eleito senador. Iniciou o mandato em 2007 e renunciou após cinco meses para escapar de um eventual processo de cassação devido ao escândalo da Bezerra de Ouro.

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