metropoles.com

Casal que agrediu menino em condomínio no DF faz acordo na Justiça

Eles não responderão a ação penal. Foi estipulada multa de R$ 10 mil. Caso ocorreu em dezembro e teve grande repercussão nacional

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
agressão octogonal
1 de 1 agressão octogonal - Foto: Reprodução

O casal que segurou uma criança para que o filho deles batesse no menino não irá responder a ação penal. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) acatou o acordo firmado entre o Ministério Público. Dessa forma, Alexandre Campos de Jesus e Danielle Cavalcanti dos Santos terão de doar R$ 10 mil à Associação Brasileira de Assistência às Pessoas com Câncer (Abrapec).

O caso ocorreu em 9 de dezembro passado, na Octogonal 4, e ganhou repercussão nacional ao ser flagrado em vídeo. Tanto a vítima quanto o filho de Alexandre e Danielle tinham 6 anos na época dos fatos.

O pagamento poderá ser parcelado, e o primeiro depósito deverá ser feito até o dia 14 de junho, no valor de R$ 1 mil. A Justiça determinou que a quantia seja paga mensalmente. Para garantir o direito à suspensão condicional do processo, o casal deve obedecer a outras determinações impostas pelo tribunal para frear a ação penal.

Entre as condições impostas pelo TJDFT a Alexandre, estão a proibição de se ausentar do DF por mais de 30 dias sem autorização prévia; apresentar-se à 6ª Vara Criminal de dois em dois meses para prestar contas; não frequentar bares, botecos, prostíbulos e locais que induzam à prática de crime nem fazer uso de entorpecentes. Por fim, devem comunicar qualquer mudança de endereço.

“Fica o sursitário [quem teve a pena suspensa] ciente que qualquer descumprimento no curso da suspensão, bem como se voltar a praticar qualquer infração penal, implicará na retomada do curso processual”, escreveu o juiz Nelson Ferreira no termo da audiência.

Investigações
O casal foi indiciado por vias de fato e por submeter o próprio filho a constrangimento. A investigação foi finalizada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) com o depoimento de uma criança de 11 anos que presenciou as agressões. Ela teria confirmado aos investigadores que, de fato, o filho de Alexandre e Danielle foi obrigado a bater no outro garoto na quadra do condomínio.

O filho do casal caiu durante uma brincadeira de bola na quadra poliesportiva do residencial. O circuito de câmeras mostra que o garoto tropeçou sozinho e bateu a boca no chão. Momentos depois, o pai aparece no local em busca da outra criança que participava da brincadeira.

O homem segura os braços do pequeno para o filho dar um soco no rosto do garoto. Em seguida, uma mulher, supostamente a mãe, empurra a vítima no chão, e os três vão embora. Ao Metrópoles, a criança agredida comentou o caso dias após o trauma: “Na hora, só queria ir embora”.

6 imagens
Imediatamente, adultos e crianças se aglomeram em volta do garoto
O pai da criança segura o outro menino para que o filho o agrida
A mãe chega e empurra o menino de 6 anos, então de férias na casa da tia
Menino de 6 anos: “Só queria ir embora”
Jucimara, mãe do menino agredido: “Inadmissível”
1 de 6

Menino cai durante o jogo de futebol na quadra de esportes de um residencial da Octogonal 4

2 de 6

Imediatamente, adultos e crianças se aglomeram em volta do garoto

3 de 6

O pai da criança segura o outro menino para que o filho o agrida

4 de 6

A mãe chega e empurra o menino de 6 anos, então de férias na casa da tia

5 de 6

Menino de 6 anos: “Só queria ir embora”

Luísa Guimarães/Metrópoles
6 de 6

Jucimara, mãe do menino agredido: “Inadmissível”

Material cedido ao Metrópoles

“Extremamente arrependidos”
Em nota divulgada logo após o episódio, o advogado dos acusados disse que o casal ficou “extremamente arrependido pela fatalidade”.

Na época, a defesa afirmou que os dois não são violentos, não têm passagens pela polícia ou levam uma vida dedicada à prática criminosa. “São pessoas comuns, pais de família, trabalhadores, cidadãos respeitados, que sempre buscaram dar uma boa educação para seus filhos, pautada no diálogo e respeito para com o próximo.”

Veja o vídeo da agressão:

 

Ainda de acordo com a nota, ao se depararem com o filho com o “rosto deformado”, boca e lábios sangrando muito, Alexandre e Danielle foram informados por testemunhas de que a outra criança teria batido no menino. Segundo o defensor, o garoto não conseguia falar devido aos ferimentos. Por isso, o casal “foi tomado por violenta emoção, que desencadeou na fatalidade”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?