metropoles.com

Caixa de Pandora: TRF1 julga Bandarra e Guerner pelo crime de extorsão

Eles são acusados de cobrar R$ 2 milhões para evitar a divulgação de um vídeo em que o ex-governador Arruda aparece recebendo dinheiro

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
FACEBOOK/VALTER CAMPANATO/ AGÊNCIA BRASIL
deborah guerner e leonardo bandarra
1 de 1 deborah guerner e leonardo bandarra - Foto: FACEBOOK/VALTER CAMPANATO/ AGÊNCIA BRASIL

Os promotores afastados do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Leonardo Bandarra e Deborah Guerner serão julgados nesta quinta-feira (18/07/2019), às 14h, na Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). Eles são acusados de extorquir o ex-governador José Roberto Arruda (PR). O crime foi revelado na Operação Esperança, um desdobramento da Caixa de Pandora, o maior escândalo de corrupção da história da capital do país.

Segundo o Ministério Público Federal (MPF), em julho de 2009, Guerner, com o auxílio e orientação de seu marido, Jorge Guerner, e do então procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Bandarra, dirigiu-se à residência oficial do então chefe do Executivo local para uma audiência.

Na ocasião, a ex-promotora ameaçou divulgar uma gravação de Arruda recebendo de Durval Barbosa uma quantia em dinheiro, caso não obtivesse um pagamento de R$ 2 milhões. Guerner ainda pediu favorecimento para uma empresa na qual seu marido tinha negócios.

O processo foi acolhido por unanimidade no dia 27 de julho de 2011, mas acabou redistribuído em agosto de 2018, o que atrasou a tramitação. Atualmente, o caso contra eles está perto do prazo de prescrição.

Perda dos cargos

Leonardo Bandarra e Deborah Guerner foram condenados no mês passado pela mesma Corte e também no bojo da Operação Esperança, por concussão, violação de sigilo funcional e sentenciados à perda dos cargos públicos. Na ocasião, Jorge Guerner foi condenado pelo crime de receptação.

Além dos promotores, são réus na ação por extorsão: o ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal Durval Barbosa; Marcelo Carvalho; e Jorge Guerner, empresário e marido da promotora.

O caso começou a ser analisado em janeiro pelo TRF1, que interrompeu o julgamento no dia 31. O processo é relatado pelo desembargador federal Kassio Nunes Marques. Em seu voto, Kassio defende que Deborah e Bandarra sejam considerados culpados. Marques também vê motivos para a condenação de Jorge Guerner, dono da empresa do setor de lixo. Na época, o procurador regional da República Bruno Calabrich, do MPF, classificou de “nefasta” a conduta dos promotores e do marido de Guerner.

“Tal conduta revelou-se nefasta e causou grave prejuízo à administração pública, eis que violados princípios basilares que norteiam toda a atividade estatal, além de agredir a credibilidade do Ministério Público e de trair a confiança do Judiciário”, afirmou Calabrich.

Deborah Guerner e Leonardo Bandarra foram afastados das funções no Ministério Público em 2012. No entanto, até hoje recebem salários pela função no órgão. A cada mês, Débora Guerner ganha R$ 22,6 mil e Bandarra, R$ 27,5 mil.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?