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Assassino confesso da estudante Louise vai a júri popular

Vinicius Neres foi preso em 11 de março, um dia após o brutal assassinato, e confessou a autoria do crime. A data do julgamento ainda não foi marcada

atualizado

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Vinicius Neres
1 de 1 Vinicius Neres - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O assassino confesso da estudante da Universidade de Brasília (UnB) Louise Ribeiro, Vinicius Neres, será levado a júri popular. A decisão foi tomada pelo Tribunal do Júri de Brasília nesta terça-feira (26/7). A data do julgamento, no entanto, ainda não foi marcada.

Louise foi assassinada em 10 de março deste ano, em um dos laboratórios de Biologia da UnB. Neres foi preso um dia após o crime e permanecerá sob a tutela do Estado até o julgamento. Ele responde por homicídio quadruplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio; além de ocultação de cadáver.

“A prisão em flagrante do acusado foi convertida em prisão preventiva, e o mesmo deve ser mantido preso, porque persistem as razões de sua custódia cautelar. Esta custódia é necessária para garantia da ordem pública, vez que houve demonstração inequívoca de periculosidade, com a prática de um crime bárbaro — supostamente adrede arquitetado minuciosamente —, em local público, e com grande repercussão social”, concluiu o juiz Paulo Rogério Santos Giordano na decisão.

Facebook/Reprodução

 

Em junho deste ano, testemunhas, familiares e o próprio assassino foram ouvidos pelo Ministério Público e pela Justiça. Em depoimento, Vinicius, também aluno da UnB, contou que começou a namorar Louise em 10 de abril de 2015 e o relacionamento acabou em 14 de janeiro de 2016. Disse ainda que os dois começaram a se afastar antes mesmo do fim do namoro, em dezembro, depois que ela voltou de uma viagem com a família. No entanto, continuou a insistir em fazer contato com ela por celular.

Detalhes
O suspeito afirmou que, no dia do crime, se encontrou com Louise para avisar que iria se suicidar e não tinha intenção de machucá-la. No entanto, teve um surto de raiva: “Eu a ataquei quando ela me deu um abraço e disse que ia sentir falta de mim. É claro que isso era mentira, ela já havia me ignorado por muito tempo”, afirmou. Antes do ataque, a jovem teria tentado convencê-lo a não se matar.

Depois, Vinicius contou em detalhes a forma como matou a jovem utilizando clorofórmio e como queimou o corpo: “Não achei que ia escapar da punição, mas naquele momento só queria me livrar daquela situação”. O jovem assumiu ainda que teve vontade de ter relações sexuais com Louise já morta, mas que não consumou o ato. “Cheguei a colocar a camisinha, mas desisti”, disse. Questionado sobre a razão de ter tirado a roupa da jovem mesmo sem a relação sexual, afirmou que “queria vê-la por uma última vez”.

O jovem disse também que não sabe exatamente por que matou Louise, e atribuiu o assassinato a um surto de fúria. No entanto, afirmou estar arrependido do crime e “de todo esse mal que eu causei”. Durante o depoimento, ele permaneceu calmo, racional e esclarecido. Vinícius também negou ter qualquer histórico de doença mental na família. (Com informações do TJDFT) 

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