metropoles.com

Assassinas confessas de Rhuan permanecerão presas até julgamento

Mãe do menino e companheira foram acusadas por lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Michael Melo/Metrópoles
criminosas2
1 de 1 criminosas2 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Justiça do Distrito Federal decidiu manter presa a dupla acusada de assassinar brutalmente o menino Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos. A mãe do garoto, Rosana Auri da Silva Cândido, e sua companheira, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa, ficarão detidas aguardando o julgamento pelo Tribunal do Júri de Samambaia.

Em sua decisão, do dia 2 de julho, o juiz Fabrício Castagna Lunardi diz que a defesa não apresentou documentos capazes de impugnar a acusação e, portanto, não há como absolver sumariamente as acusadas. “O processo está regular e válido, inexistindo vício a ensejar o reconhecimento de nulidade. Estão presentes as condições da ação e os pressupostos processuais”, explica o magistrado.

Lunardi ainda responde e alerta o advogado de Rosana e Kacyla após a defesa comunicar que iria viajar, de férias. “Em que pese o patrono das rés afirmar que vai viajar entre 28/07/2019 e 13/08/2019, advirto à defesa que as férias do advogado não suspendem o processo. Fica facultado ao patrono substabelecer poderes ou renunciar ao mandato, caso entenda pertinente.”

Em junho deste ano, o TJDFT comunicou ter recebido a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra as acusadas de homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver e fraude processual.

O crime ocorreu em 31 de maio, em Samambaia. No entendimento do MPDFT, as denunciadas premeditaram o assassinato, planejando como executariam e destruiriam o corpo da criança. De acordo com as investigações, na noite do assassinato, a dupla esperou Rhuan dormir para cumprir o plano. Rosana, a mãe, desferiu o primeiro golpe no peito do menino, que acordou com o ataque. Kacyla o segurou para que Rosana desferisse as outras facadas. Por fim, a mãe decepou a cabeça do filho ainda com vida.

Entre as qualificadoras do homicídio apontadas pelo MPDFT, estão o motivo torpe, o meio cruel e o recurso que impossibilitou a defesa da vítima. O primeiro diz respeito ao sentimento de ódio que Rosana nutria em relação à família paterna da criança. Quanto ao segundo, a criança recebeu, ao menos, 11 facadas e foi degolada viva. Por último, Rhuan foi atacado enquanto dormia.

8 imagens
Bueiro onde parte do corpo de Rhuan foi jogado, em Samambaia
Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala
Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira
Camisa usada pelo menino na hora do crime
Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso
1 de 8

Rhuan Maycon da Silva Castro, de 9 anos, foi assassinado pela própria mãe e pela companheira dela: partes do corpo foram achadas pelos policiais ainda na casa da família

Michael Melo/Metrópoles
2 de 8

Bueiro onde parte do corpo de Rhuan foi jogado, em Samambaia

Eric Zambon/Metrópoles
3 de 8

Após matarem a criança, as duas assassinas esquartejaram o corpo e o colocaram em duas mochilas e uma mala

Michael Melo/Metrópoles
4 de 8

Depois, tentaram queimar o cadáver em uma churrasqueira

Michael Melo/Metrópoles
5 de 8

Camisa usada pelo menino na hora do crime

Michael Melo/Metrópoles
6 de 8

Delegado Guilherme Sousa, responsável pelo caso

Michael Melo/Metrópoles
7 de 8

Crime foi investigado pela equipe da 26ª DP. As duas mulheres foram presas em casa, logo após cometerem o assassinato

Michael Melo/Metrópoles
8 de 8

Médico-legista do Instituto de Medicina Legal da PCDF Christopher Diego B. Martins

JP Rodrigues/Metrópoles

Após o assassinato, a dupla esquartejou, perfurou os olhos e dissecou a pele do rosto da criança. As mulheres também tentaram incinerar partes do corpo em uma churrasqueira, com o intuito de destruir o cadáver e dificultar o seu reconhecimento. Como o plano inicial não deu certo, elas colocaram pedaços do corpo em uma mala e duas mochilas. Rosana jogou a mala em um bueiro próximo à residência onde cometeu o crime. Antes que ocultasse as duas mochilas, moradores da região desconfiaram da atitude da mulher e acionaram a polícia, que prendeu as duas autoras em flagrante, em 1º de junho.

3 imagens
O garoto foi morto pela própria mãe
Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino
1 de 3

Apelos por informações que levassem ao menino Rhuan foram postados nas redes sociais

Reprodução
2 de 3

O garoto foi morto pela própria mãe

Foto cedida ao Metrópoles
3 de 3

Rhuan com o pai: dois anos de buscas pelo menino

Foto cedida ao Metrópoles
Tortura e lesão corporal

Desde 18 de dezembro de 2014, Rosana vivia com o filho de maneira clandestina. Rhuan foi retirado à força dos cuidados dos avós paternos e era procurado pela família. Até a sua morte, a criança foi submetida a intenso sofrimento físico e mental como forma de castigo pessoal. Enfrentou desprezo e privações. Foi impedido de manter contato com outras pessoas. Ele também não frequentava a escola.

Um ano antes do assassinato, a dupla extraiu os testículos e o pênis de Rhuan, em casa, de forma rudimentar, sem anestesia ou acompanhamento médico. Por esses crimes, elas foram denunciadas por tortura e lesão corporal gravíssima.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?