Acusado de violar concurso da PCGO, Hélio Ortiz será levado a Goiânia
Após prestar depoimento, o homem apontado como chefe da Máfia dos Concursos voltará para a Papuda, onde cumpre pena de 9 anos
atualizado
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Condenado a nove anos de prisão por integrar a Máfia dos Concursos que atuava no Distrito Federal, Hélio Garcia Ortiz sairá da prisão nesta quarta-feira (13/3). Ele será ouvido no Fórum de Goiânia, onde responde a outro processo por suposta violação no certame da Polícia Civil de Goiás. Após a oitiva, o preso retornará ao Centro de Detenção Provisória (CDP), na Papuda.
Segundo o advogado de Ortiz, Rubens Pires, não há provas do envolvimento de Hélio no caso. “Ele foi indiciado. Porém, as testemunhas do parquet [Ministério Público], em seus depoimentos, informaram que desconhecem ou nunca ouviram falar de Hélio Ortiz. O que reforça mais ainda a inocência dele neste processo”, disse.
No DF, Ortiz responde pelos crimes de organização criminosa, falsificação de documentos e fraude em certame de interesse público. Além dele, o seu filho Bruno de Castro Garcia Ortiz, Johann Gutemberg dos Santos e Rafael Rodrigues da Silva Matias também foram sentenciados por participação no esquema ilegal de fraudes. O grupo foi alvo da primeira fase da Operação Panoptes, deflagrada em agosto de 2017.
Relembre o caso
Segundo as investigações, os acusados atuavam de quatro formas na capital federal: repassando informações a candidatos por meio de ponto eletrônico; com celular escondido no local de prova; uso de documentos falsos por parte dos aspirantes; e por meio do envolvimento de pessoas que trabalhavam nas bancas organizadoras.
Hélio Garcia Ortiz, ex-servidor do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), é apontado pelos investigadores como líder do esquema. O ex-técnico Judiciário é velho conhecido da polícia e já havia sido preso e condenado anteriormente, também por fraudes em concursos.
Outras condenações
No dia 21 de fevereiro deste ano, a Justiça condenou outras cinco pessoas acusadas de fazer parte da chamada Máfia dos Concursos. Além de prisão, que chega a 10 anos, eles terão de pagar R$ 1 milhão de indenização por danos morais coletivos.
Os condenados são: Ricardo da Silva Nascimento, ex-funcionário do antigo Cespe (atual Cebraspe); André Luiz dos Santos Pereira; Antônio Alves Filho; Weverson Vinicius da Silva; e Edney Oliveira dos Santos. Alda Maria de Oliveira Gomes e Natal José de Lima foram absolvidos por falta de provas, segundo informou o TJDFT.