Justiça de Goiás mantém sequestradora da pequena Valentina presa
A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira (4/7) durante audiência de custódia realizada em Planaltina de Goiás
atualizado
Compartilhar notícia
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) acatou o pedido da Polícia Civil do estado e converteu em preventiva a prisão temporária de Cevilha Moreira dos Santos, 44 anos, acusada de sequestrar um bebê no Distrito Federal. A decisão foi tomada nesta terça-feira (4/7), durante audiência de custódia realizada em Planaltina de Goiás.
Para a polícia, Cevilha pretendia criar a pequena Valentina, de três meses, como sua. A criança é filha da faxineira desempregada Arlete Bastos, 29. A hipótese ganhou força após o depoimento do namorado da acusada, na sexta-feira (30). Aos investigadores, Neilson Souza Silva, 35, disse que a companheira fingiu uma gravidez e que o relacionamento não ia bem. Afirmou ainda só não ter se separado por conta da falsa gestação.
O depoimento do filho mais velho da mulher, de 21 anos, nesta segunda (3), trouxe mais detalhes da relação de Cevilha com Neilson. De acordo com o delegado, o casamento era conturbado e o atual companheiro chegou a ser ameaçado de morte pelo ex-marido da suspeita. Também aos policiais, o rapaz teria dito que a mãe era agressiva com Neilson.“Consultando as folhas de antecedentes criminais da autuada, observa-se que ela responde a outros processos criminais, o que demonstra que representa risco à ordem pública caso seja mantida em liberdade”, argumentou o juiz Carlos Gustavo Fernandes de Morais. A sequestradora tem passagens por tentativa de homicídio, furto, apropriação indevida, lesão corporal, injúria e ameaça.
Nesta terça-feira (4/7), deve ser tomado o depoimento de um vendedor que levou Cevilha a um bairro de Planaltina de Goiás para oferecer enxovais a famílias carentes. O modus operandi foi o mesmo utilizado com a mãe da pequena Valentina. Outras duas mulheres que teriam sido aliciadas pela suspeita também já foram intimadas a depor.
Planaltina
Aos poucos, a polícia está montando o quebra-cabeça do crime. Nesta terça, os investigadores entenderam o motivo que levou a sequestradora a Planaltina de Goiás. A mulher conheceu um peixeiro há duas semanas. Em depoimento, ele contou que no dia do sequestro, Cevilha ligou pedindo que ele a levasse até a chácara dele, em Planaltina.
Ao chegar na casa, a suspeita disse que a bebê era filha dela e que o namorado estava atrás das duas. Com medo, o homem pediu para que ela fosse embora do local. A sequestradora seguiu para o hospital da região, onde pegou um táxi e foi presa.
Relembre o caso
Cevilha se aproveitou da carência da família de Valentina para abordar Arlete. Na última semana, ela foi com a faxineira desempregada em uma clínica do Conic para que ela fizesse um exame de admissão. A promessa era de um emprego com salário de R$ 1 mil. Tudo mentira.
Cevilha fugiu com a menina assim que Arlete entrou no consultório para fazer o exame. Foi identificada por imagens das câmeras de segurança do prédio. “Ela não vale nada. Tirou uma filha de uma mãe”, desabafou Arlete.
A sequestradora foi encontrada em Planaltina de Goiás, sete horas depois de ter levado Valentina. Acabou presa pela PM de Goiás dentro de um táxi, a caminho de Planaltina do DF. Tinha uma certidão falsa em mãos, registrada em um cartório do Gama.