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Justiça condena plano de saúde que recusou UTI a indenizar idosa no DF

Empresa alegou que paciente, que precisava de tratamento intensivo por estar com Covid, cumpria período de carência. Cabe recurso da decisão

atualizado

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TJDFT
1 de 1 TJDFT - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou o plano de saúde Samedil a indenizar uma idosa que teve o pedido de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) negado. Ela foi diagnosticada com Covid-19.

A decisão é da juíza substituta da 3ª Vara Cível de Águas Claras. Cabe recurso da sentença.

Segundo a paciente, de 65 anos, apesar de precisar da UTI com urgência, o plano negou a solicitação de internação sob o argumento de que a autora ainda estava no período de carência contratual. Ela pediu na Justiça que a empresa seja condenada a custear as despesas com a internação e a indenize pelos danos morais sofridos.

O plano de saúde alegou no processo que o contrato estabelece a inexistência de garantia para cobertura de internação durante o período de carência.

Em seu julgamento, a magistrada explicou que as cláusulas contratuais que restringem a cobertura nos casos de emergência ou urgência não podem se sobrepor à lei.

“Caracterizado o caso de urgência, torna-se obrigatória a cobertura do atendimento por parte da ré, o qual deve compreender todos os procedimentos necessários ao afastamento da situação de perigo, sem limites de procedimento ou de tempo de internação”, afirmou na sentença.

A julgadora lembrou ainda que, embora o descumprimento contratual não gere danos de natureza extrapatrimonial, a conduta do plano de saúde “trouxe angústia e sofrimento desnecessários” à paciente.

Dessa forma, a administração do convênio médico foi condenada a pagar à autora a quantia de R$ 4 mil por danos morais. A empresa já havia cumprido a determinação de custear as despesas referentes à internação em UTI no decorrer do processo, após decisão que deferiu o pedido de tutela de urgência, confirmada pela sentença.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa da Samedil. O espaço segue aberto para futuras manifestações.

 

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