Justiça concede liberdade provisória a motorista que atropelou idoso
Roberto da Silva Santana é investigado por atropelar e matar o ciclista Edilson, de 86 anos. Motorista terá de cumpri medidas cautelares
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) concedeu nesta quarta-feira (21/8) a liberdade provisória ao motorista Roberto da Silva Santana, 49 anos, que atropelou o ciclista Edilson Gonçalves Vieira, de 86 anos. A tragédia ocorreu no domingo (18/8), no setor Sul do Gama. O idoso morreu no local.
A decisão entendeu que o investigado é primário, não tem antecedentes criminais, exerce ocupação lícita (mecânico) e tem residência fixa. No entanto, ele deverá seguir medidas cautelares. Roberto está proibido de frequentar bares, restaurantes e comércios voltados à venda de bebidas alcoólicas. Também está suspensa a habilitação para dirigir carro.
Ele também deverá comparecer a cada três meses no Fórum do Gama e está proibido de sair do Distrito Federal por mais de 30 dias, sem a autorização do juiz.
Roberto foi preso em flagrante com sinais de embriaguez, como consta em boletim de ocorrência. A prisão foi convertida em preventiva em 19 de agosto.
De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que o motorista tentou se desfazer de uma garrafa de cerveja após o acidente. Roberto também teria dito aos policiais militares que ingeriu seis long necks naquela tarde.
O homem se recusou a fazer o teste de bafômetro, ainda assim, ele responde por “auto de constatação de embriaguez”.
O mecânico também é investigado por fraude processual ao tentar se livrar da bebida e por acidente com vítima fatal. Apesar da tragédia na família, Edmilson diz que não está revoltado com a situação. “A família não guarda esse sentimento, não é uma revolta”, completa.
Luto na família
A morte de Edilson chocou os familiares. “Meu pai tinha uma saúde muito boa, fizemos exames e estava tudo bom com ele, achávamos que teríamos muito tempo dele com a gente”, conta Edmilson, um dos sete filhos do ciclista. Todo domingo, Edilson ia de bicicleta visitar o irmão que mora cerca de 700 metros da casa que morava com o filho.
“Ele costumava fazer esse trajeto. Era muito ativo meu pai, não tinha quem o parasse”, reforça Edmilson. O idoso estava passando pela quadra 8 do setor Sul do Gama, quando uma Amarok colidiu nele. O homem teve uma parada cardiorrespiratória, e os socorristas tentaram reanimar a vítima por 40 minutos, mas não resistiu e morreu no local.
“Quero reforçar quem meu pai era. Ele foi um ótimo marido, um bom pai, um avô e bisavô muito amado”, diz. Edmilson era evangélico da Assembleia de Deus e costumava ajudar o filho com trabalhos voluntários no Instituto Trigo Humanitário, pregando e distribuindo comida para pessoas em situação de rua.
Ele deixou sete filhos, 19 netos e seis bisnetos. O velório ocorreu na manhã dessa terça-feira (20/8), no Gama.
O motorista da Amarok não se feriu. Ele teria dito a policiais militares que ingeriu seis long necks naquela tarde. De acordo com o boletim de ocorrência, testemunhas relataram que ele tentou se desfazer de uma garrafa de cerveja após o acidente. O homem se recusou a fazer o teste de bafômetro, ainda assim, ele responde por “auto de constatação de embriaguez”.
Ele também é investigado por fraude processual ao tentar se livrar da bebida e por acidente com vítima fatal. Apesar da tragédia na família, Edmilson diz que não está revoltado com a situação. “A família não guarda esse sentimento, não é uma revolta”, completa.
“Quero reforçar quem meu pai era. Ele foi um ótimo marido, um bom pai, um avô e bisavô muito amado”, diz. Edmilson era evangélico da Assembleia de Deus e costumava ajudar o filho com trabalhos voluntários no Instituto Trigo Humanitário, pregando e distribuindo comida para pessoas em situação de rua.
O motorista da Amarok foi preso em flagrante. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) já apontou a responsabilidade do condutor em um inquérito que tramita em segredo de justiça. O caso está com a 20ª Delegacia de Polícia (Gama).
Nascido na Paraíba, Edilson escolheu Brasília para construir e ver crescer. Ele deixou sete filhos, 19 netos e seis bisnetos. O velório ocorreu na manhã de terça-feira (20/8), no Gama.
Em nota, a defesa de Roberto da Silva Santana informou que o “ocorrido foi uma infeliz fatalidade” e que tem “compreensão da imensurável dor”.
Veja resposta na íntegra:
Em nome da defesa do condutor envolvido no trágico acidente que culminou no falecimento do senhor Edilson Gonçalves Vieira, de 86 anos, expressamos nosso mais profundo pesar por essa irreparável perda. Nossas mais sinceras condolências são dirigidas à família e aos amigos da vítima, com plena compreensão da imensurável dor que este momento impõe.
Esclarecemos que o ocorrido foi uma infeliz fatalidade. A própria decisão de revogação menciona que “ainda serão apurados” os fatos. A defesa aguarda a conclusão das investigações pelas autoridades competentes, para que todos os detalhes possam ser devidamente esclarecidos.
Nosso cliente encontra-se profundamente abalado e em estado de choque. Ele e sua família estendem sua solidariedade à família do senhor Edilson Gonçalves Vieira e reforçam seu respeito e empatia diante desta dolorosa circunstância.