Justiça concede liberdade a homem que matou companheira a socos no DF
Rondinele Ferreira da Silva matou Luciane Simão Silva em 2020, e estava preso desde então. Ele precisará usar tornozeleira eletrônica
atualizado
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O homem acusado de matar a companheira a socos, na Fercal, em dezembro de 2020, foi colocado em liberdade provisória nessa quinta-feira (17/2) pela juíza do Tribunal do Júri de Sobradinho, Iracema Canabrava Rodrigues Botelho. Segundo o entendimento da magistrada, “o fato de as condutas estarem todas voltadas contra vítima específica” justificam a soltura do autor do crime, Rondinele Fereira da Silva.
A vítima foi Luciane Simão Silva, 42 anos. De acordo com as investigações, ela vivia uma relação abusiva com o acusado do crime muito tempo antes do feminicídio. A mulher era proibida de trabalhar, estudar ou frequentar a academia. As saídas eram monitoradas, e qualquer tentativa de enfrentar o parceiro resultava em sessões de enforcamento ou socos nos olhos e nas costelas.
A agressão que resultou na morte da vítima aconteceu na rua, perto de casa, em 17 de dezembro de 2020. Ela foi levada ao hospital por parentes e liberada dois dias depois.
O inchaço no rosto de Luciane, no entanto, não passou. Ela voltou à unidade, onde ficou novamente internada, mas dessa vez não resistiu aos ferimentos.
Rondinele foi preso pela 13ª DP (Sobradinho I) enquanto passeava em um shopping no dia 21 de dezembro. Desde então, ele estava preso pelo crime.
Na decisão que culminou na soltura do autor, a juíza Iracema Canabrava entendeu que “medidas cautelares diversas se mostram adequadas a prevenir a reiteração delitiva”. Segundo ela, “milita em favor dessa convicção, a primariedade do réu e o fato das condutas estarem todas voltadas contra vítima específica”.
Desta forma, ela autorizou que Rondinele fosse solto mediante uso de tornozeleira eletrônica e listou outras sete regras que Rondinele precisará cumprir. Uma delas é a proibição de frequentar bares.