Justiça aceita mais uma denúncia contra o serial killer Marinésio Olinto
Marinésio Olinto já foi condenado a 37 anos de prisão por morte de Letícia Curado e 33 anos pelo assassinato de Genir Pereira
atualizado
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A Justiça do Distrito Federal aceitou mais uma denúncia contra o serial killer Marinésio Olinto, já condenado por crimes que envolvem feminicídio e violência sexual contra mulheres. Ele agora vai responder também pelo crime contido no artigo 215-A do Código Penal, que traz pena para quem pratique “ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro” contra alguém “sem a sua anuência”.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) recebeu a denúncia em 1º de fevereiro e intimou o denunciado para responder a acusação em dez dias. A decisão cita ainda que o Ministério Público não propôs o chamado ANPP, que é o Acordo de Não Persecução Penal, porque Marinésio Olinto tem condenações definitivas, então não atende aos requisitos legais.
O serial killer é acusado de uma série de crimes contra mulheres. Apontado pela Polícia Civil do Distrito Federal como um maníaco em série, o cozinheiro foi condenado, em 2020, a 10 anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 17 anos, em uma área isolada do Paranoá, em 2018.
Em 2021, Marinésio Olinto recebeu uma outra condenação, com pena de 37 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato de Letícia Sousa Curado de Melo, vítima que era funcionária terceirizada do Ministério da Educação. Em 2022, o Tribunal do Júri de Planaltina ainda condenou o acusado a 33 anos de prisão pelo assassinato da diarista Genir Pereira de Sousa, 47. Ele estuprou e matou a vítima. Depois, escondeu o cadáver.
Na ocasião, os jurados aceitaram todas as qualificadoras apontadas pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) — estupro, ocultação de cadáver e homicídio quintuplamente qualificado por se tratar de motivo torpe, devido à condição do sexo feminino (feminicídio), com asfixia, dissimulação e objetivo de ocultar outro crime.