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Justiça absolve Marinésio por estupro ocorrido em 2013 em área rural do DF

Segundo o magistrado, não há dúvidas de que houve crime, mas não há provas de que tenha sido cometido pelo cozinheiro

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Homem preso
1 de 1 Homem preso - Foto: Andre Borges/Especial para o Metrópoles

Apontado pela Polícia Civil do DF como um maníaco em série, Marinésio dos Santos Olinto, 42 anos, foi absolvido de acusação de estupro ocorrido em uma zona rural de Sobradinho. A sentença foi publicada no fim da tarde dessa segunda-feira (14/12), pelo juiz José Roberto Moraes Marques, da Vara Criminal de Sobradinho.

Segundo os autos, entre os anos de 2013 e 2014, em um sábado, a vítima, na época com 30 anos, estava numa parada de ônibus em frente à Feira Permanente de Sobradinho, aguardando por uma condução para Planaltina. Enquanto esperava, um homem descrito como claro, baixo e de cabelo amarrado, conduzindo um carro, modelo Blazer de cor prata, parou e perguntou para onde ela ia.

O homem afirmou que tinha o mesmo destino da mulher e ofereceu uma carona. No entanto, o condutor seguiu rumo a área rural da região administrativa. Quando percebeu que ele ia em outra direção, a mulher pediu para descer.

O motorista em questão disse que iria “ali rapidinho”, e perguntou para a mulher se ela o acompanharia. Por estar assustada, ela afirmou que sim, e em seguida o homem passou a tocar sua vagina e seios. Segundo os autos, o denunciado foi agressivo, chegando a arrancar os cabelos da vítima.

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Marinésio é assassino confesso de Letícia Curado
Ex-cozinheiro responde por dois feminicídios
Marinésio é acusado de assédio, estupro e homicídio
Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos
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Blazer prata também é apontada por vítimas de Marinésio

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Marinésio é assassino confesso de Letícia Curado

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Ex-cozinheiro responde por dois feminicídios

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Marinésio é acusado de assédio, estupro e homicídio

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Na primeira condenação, o acusado pegou oito anos

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Quando o homem parou perto do Polo de Cinema de Sobradinho, a mulher conseguiu descer do carro, “correndo com toda a sua força”. Enquanto ela fugia, o homem ainda teria gritado que a encontraria. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acusou Marinésio de ser o autor dessa agressão em 4 de outubro de 2019.

Nessa segunda-feira, porém, o magistrado entendeu que sem dúvidas o crime foi cometido, mas não há provas de que o autor foi Marinésio.

“Em relação à autoria, não obstante pairem grandes suspeitas sobre a pessoa do acusado, ausente elemento probatório capaz de configurar sua participação delitiva”, afirmou na sentença.

Para o advogado de Marinésio, Marcos Venicio Fernandes, as provas de que foi Marinésio não eram contundentes. “Assim como todos os outros casos, com exceção do caso Letícia, não há provas robustas de que Marinésio tenha cometido os supostos crimes, e a defesa vê mas está absolvição como uma desmistificação do assassino em série e maníaco, que foi criada pelos policiais, acompanhada pelo MP e divulgado na mídia em geral”, afirmou a defesa.

Vítimas

Segundo a defesa de Marinésio, no total foram abertos oito processos judiciais contra o cozinheiro. Até agora, ele foi absolvido em dois casos, sendo que em um deles o Ministério Público e a defesa da vítima recorreram. Num terceiro processo, as partes envolvidas esperam apenas que o magistrado profira a sentença. Em outro, o processo foi arquivado, pois a ação prescreveu.

O homem foi condenado a 10 anos de prisão pelo estupro de uma adolescente de 17 anos, mas a defesa da vítima recorreu. Com isso, sobram três processos em 1ª instância, todos eles em Planaltina. Trata-se das vítimas Genir Pereira de Sousa, Elisângela Almeida de Matos e Letícia Sousa Curado de Melo. As denúncias envolvem estupro, sequestro e cárcere privado.

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