“Jurista não tem que comandar Segurança Pública”, diz Fraga
Ex-deputado federal foi cotado para assumir o Ministério da Segurança em caso de desmembramento da pasta de Moro, mas Bolsonaro recuou
atualizado
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Nome cotado para assumir o Ministério da Segurança caso o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) optasse pelo desmembramento da pasta de Justiça e Segurança Pública, o ex-deputado federal Alberto Fraga comentou ao Metrópoles a decisão do chefe do Executivo em não separar o órgão comandado por Sergio Moro.
“Ele não voltou atrás porque não tinha batido o martelo. Eu respeito e apoio a decisão dele, mas mantenho minha convicção”, afirmou.
Fraga ressaltou sempre ter defendido um ministério para tratar da Segurança Pública. Segundo o ex-parlamentar, a área é de extrema importância para todas as 27 unidades da Federação e necessita de dedicação exclusiva.
“É preciso ter um ministério próprio com alguém da área sendo dirigente. Não falo de nomes, mas tem que ser um coronel, um delegado, alguém que sabe o que é segurança pública. Jurista não tem que comandar Segurança Pública”, completou Fraga, que é coronel da reserva da Polícia Militar do DF.
O ex-deputado ainda afirmou que Bolsonaro não fez nenhum convite a ele. O tema, conforme frisou Fraga, não foi nem debatido entre os dois. “Me reuni com ele no início da semana e não comentamos nada sobre ministério. Defendi uma pasta para a segurança na época do Márcio Thomaz Bastos, do Alexandre de Moraes, e continuarei defendendo, independentemente de quem esteja lá”, ressaltou.
“Chance zero”
Após admitir que estudaria a possibilidade de separar o Ministério da Justiça da Segurança Pública, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás nesta sexta-feira (24/01/2020). Em viagem oficial à Índia, o mandatário do país disse que a “chance é zero”.
“O Brasil está indo muito bem. Os números indicam que a Segurança Pública está indo no caminho certo. A minha máxima é: em time que está ganhando não se mexe”, sinalizou.