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Júri de Adriana segue no fim de semana. Ré pode ser ouvida no domingo

Desde segunda-feira (23/09/2019), 17 testemunhas foram ouvidas no Tribunal do Júri de Brasília: oito de acusação e nove de defesa

atualizado

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1 de 1 Julgamento-de-Adriana-Villela2 - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

O prazo de cinco dias previstos para o julgamento de Adriana Villela extrapolou nessa sexta-feira (27/09/2019). As sessões para tratar do triplo homicídio conhecido como crime da 113 Sul continuam neste sábado (28/09/2019), no Tribunal do Júri de Brasília.

O julgamento entra para a história com 50 horas de duração e 17 testemunhas ouvidas até o momento: oito de acusação e nove de defesa. Os sete jurados, três homens e quatro mulheres, assistem a tudo para, no fim, decidirem o futuro da arquiteta.

O presidente do Tribunal do Júri de Brasília, juiz Paulo Rogério Santos Giordano, informou em plenário, nessa sexta-feira (27/09/2019), que nove pessoas arroladas pelos advogados de Adriana falarão neste sábado. Após as últimas testemunhas, é a vez de Adriana ser questionada pela acusação, assistentes de acusação, defesa e jurados. A previsão é que a ré só se pronuncie no domingo (29/09/2019), mas esse momento pode ser adiantado caso os depoimentos ocorram em tempo hábil ou alguém seja dispensado.

A arquiteta e jornalista é acusada de ser a mandante do assassinato dos pais, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) José Guilherme Villela e a advogada Maria Villela. A empregada do casal, Francisca Nascimento Silva, também foi executada. Eles foram mortos a facadas – 73 no total –, em 28 de agosto de 2009.

Depois de Adriana se pronunciar no Tribunal do Júri, ocorre a discussão entre defesa e acusação. Por último, os jurados se reúnem para decidir se ela é inocente ou culpada. Se o entendimento for pela condenação, o juiz calcula a pena.

Provas e contestações

A acusação usa como prova, por exemplo, um laudo do Instituto de Identificação (II) da Polícia Civil que aponta, a partir do colhimento de impressões digitais, Adriana no apartamento em um intervalo de dias que inclui a data do crime. Segundo o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o documento contradiz depoimentos nos quais Adriana teria dito que esteve no imóvel em momentos anteriores aos que indicam o documento.

Outra argumentação diz respeito a suposto relacionamento conturbado entre filha e pais, com dependência econômica de Adriana, que recebia mesada de R$ 8,5 mil. Uma carta de 2006 na qual Maria Villela diz estar cansada dos “destemperos” da arquiteta foi lida aos jurados. Com o homicídio dos pais, Adriana herdou herança estimada em R$ 40 milhões, dividida entre ela e o irmão, Augusto Villela.

A defesa, por outro lado, apresenta parecer do Instituto de Criminalística (IC) que coloca em xeque o laudo do II. Mostra também troca de e-mails entre mãe e filha com mensagens carinhosas. Os advogados usam uma linha do tempo com tudo que Adriana teria feito em 28 de agosto de 2009 como prova de que ela não esteve no local do crime.

Outros envolvidos

Adriana é suspeita de ter contratado o ex-porteiro do prédio dos Villela Leonardo Campos Alves para matar os pais por R$ 60 mil. Ele, por sua vez, teria prometido dar R$ 10 mil a Francisco Mairlon Barros Aguiar para executar o crime.

Sobrinho de Leonardo, Paulo Cardoso também foi acusado pelo esfaqueamento do trio. Os três estão presos após serem julgados e condenados.

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