Júri condena réu a 22 anos de prisão por chacina em acampamento cigano
Tribunal definiu que Joelton Santos deve ficar 22 anos e 9 meses em reclusão. Já Luís Fernando Vicente Carvalho foi absolvido de acusações
atualizado
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O Tribunal do Júri de Sobradinho julgou nesta terça-feira (17/5) dois dos acusados de chacina ocorrida em um acampamento de ciganos, em Sobradinho, em fevereiro de 2020. Um dos réus, Joelton Santos, foi condenado a 22 anos e 9 meses de prisão; o outro, Luís Fernando Vicente Carvalho, foi absolvido de todas as acusações.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acusou Luís Fernando de homicídio consumado contra uma das vítimas, Marlon da Rocha, e tentado contra Ygor Rocha e Jaquilane Alves da Silva. Os jurados o absolveram por entender que não havia provas suficientes e o juiz Guilherme Marra Toledo determinou a soltura do acusado, que estava preso preventivamente.
Já Joelton foi condenado por homicídio consumado contra Marlon da Rocha e tentado contra Ygor Rocha. Além disso, ele cometeu os crimes de porte de arma, furto e fraude processual. Ele deve pagar pelos crimes em regime inicial fechado.
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Confira imagens da época do crime:
“Ficamos muito satisfeitos com o resultado, onde o integrante principal desta chacina foi condenado. Foi um júri tenso e muito brigado, entre acusação e defesa, contudo, conseguimos fazer a justiça prevalecer. Agora, vamos seguir trabalhando na defesa dos ciganos para justamente provarmos a inocência deles perante esse caso. Nossa expectativa é que as análises, bem como audiência aconteça nos próximos meses”, explica o advogado e assistente de acusação junto ao Ministério Público do Distrito Federal, Fábio Alves.
O crime
O tiroteio teria começado em decorrência de desavenças envolvendo um veículo comprado por uma das vítimas, Vanderson Ferreira de Assis, 23. Além de Vanderson, foram mortos Tiego de Souza Martins, 27 anos, Marlon da Rocha, 30, e Maycoll Douglas Venâncio Conceição, 19.
À época, o delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, confirmou que o cerne da questão foi a desavença entre dois homens.
“Dois chegaram a pé no acampamento. Um deles teria vendido um carro por R$ 15 mil. No entanto, o veículo tinha vários problemas, incluindo clonagem e adulteração. O comprador, inclusive, foi preso ao ser flagrado com o automóvel”, detalhou o policial.
Os envolvidos não teriam qualquer relação com o grupo cigano. Apenas teriam marcado de “desfazer” o negócio no local. O comprador chegou em um Honda HRV com cinco homens. Eles desembarcaram e, em seguida, a troca de tiros foi iniciada.
“Os dois que chegaram antes conseguiram fugir a pé. Eles encontraram um cigano (Marlon) no caminho e, de forma covarde e brutal, atiraram na vítima (atingindo o olho e o tórax) e fugiram no veículo dele”, contou o delegado.
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