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Júri absolve PM que matou adolescente na garupa de moto no DF

Edimilson Dias Ferreira Júnior passou por júri popular nesta terça-feira (14/11). O PM foi absolvido pela morte do jovem de 17 anos

atualizado

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Arquivo pessoal
jovem com camiseta no ombro faz sinal de ok com a mão
1 de 1 jovem com camiseta no ombro faz sinal de ok com a mão - Foto: Arquivo pessoal

O Tribunal do Júri de Samambaia absolveu o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que atirou em Gustavo Henrique Soares Gomes (foto em destaque), 17 anos.

O julgamento de Edimilson Dias Ferreira Júnior teve início às 9h da manhã de terça-feira (14/11) e acabou perto de meia-noite.

“A família está desolada. O assassino foi absolvido. Só no final, recebemos a notícia que o assassino não teve condenação e o Gustavo foi o culpado pela própria morte. Nada vai trazer o Gustavo de volta. O MPDFT vai entrar com recurso, mas temos a certeza de que a Justiça, não vai ser feita”, desabafou Yandra Rafaela, irmã da vítima.

Nessa terça-feira, a família de Gustavo se reuniu na Estação do Metrô de Samambaia e caminhou até o local do julgamento, no Fórum, às 8h.

Segundo familiares da vítima, a juíza que conduziu o júri impediu a presença de pessoas próximas a Gustavo no tribunal. Em contrapartida, permitiu a entrada de estudantes de direito e familiares do réu.

“Até então havia sido permitida a nossa entrada. No entanto, a juíza determinou, momentos antes do início do julgamento, que familiares e amigos do Gustavo não entrassem no tribunal. Nosso advogado tentou reverter a situação, mas não participamos”, esclareceu Yandra.

Relembre o caso

O caso ocorreu em 28 de janeiro de 2022, em Samambaia. Gustavo estava na garupa de uma moto quando foi atingido pelos tiros, efetuados pelo PM.

Na ocasião da morte do jovem, a PMDF informou que duas motos furaram um bloqueio policial montado na quadra 609 de Samambaia. O segundo veículo, onde estava Gustavo e era conduzido pelo amigo dele, Gustavo Matheus Santana da Silva, 18, foi alvo de tiros dos PMs.

Segundo a corporação, a vítima empunhou um simulacro de arma de fogo. Porém, diligências da Polícia Civil do DF (PCDF) descartaram a tese de legítima defesa levantada pelo PM.

Para os parentes do adolescente, Gustavo morreu por despreparo do integrante da PMDF.

Justiça

O deputado distrital Fábio Felix (PSol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, considerou a decisão “absurda”.

“Me somo à dor e à indignação dos familiares do Gustavo Henrique diante da absolvição, por júri popular, do policial que o assassinou em 2022”, disse o parlamentar.

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