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Juiz mantém prisão de homem que jogou carro com três crianças em lagoa

Raimundo Francisco da Silva, 52 anos, estava embriagado no momento em que dirigia o veículo. As três crianças mortas eram irmãs

atualizado

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imagem colorida de homem sentado em um camburão
1 de 1 imagem colorida de homem sentado em um camburão - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) manteve a prisão preventiva de Raimundo Francisco da Silva (foto em destaque), 52 anos, motorista responsável pela morte de três crianças na Lagoa do Japonês, próxima à divisa de Goiás com São Sebastião, no Distrito Federal, em julho.

Raimundo estava embriagado quando jogou no lago o carro com as crianças e outros adultos. Ele está preso preventivamente desde 30 de julho.

Na decisão, publicada na terça-feira (7/11), o juiz de direito Idúlio Teixeira da Silva negou liberdade ao acusado, tendo em vista a garantia da ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal.

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Avó das crianças mortas, Maria Adna Antônia de Jesus, de 57 anos
Raimundo Francisco da Silva, 52 anos, entrando no camburão
De acordo com a Polícia Civil do DF (PCDF), Raimundo foi indiciado por homicídio qualificado por embriaguez ao volante e evasão do local
A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu o motorista que conduzia o carro em que estavam as três crianças
Os policiais goianos levaram o homem para a 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião
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Avó das crianças mortas, Maria Adna Antônia de Jesus, de 57 anos

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Avó das crianças mortas, Maria Adna Antônia de Jesus, de 57 anos

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Raimundo Francisco da Silva, 52 anos, entrando no camburão

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De acordo com a Polícia Civil do DF (PCDF), Raimundo foi indiciado por homicídio qualificado por embriaguez ao volante e evasão do local

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A Polícia Militar de Goiás (PMGO) prendeu o motorista que conduzia o carro em que estavam as três crianças

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Tragédia aconteceu na tarde deste sábado

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Os três corpos foram levados ao IML

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Mergulhadores do CBMDF atuaram na ocorrência e resgataram dois corpos

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Bombeiros foram acionados por volta das 15h40

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Segundo o magistrado, Raimundo assumiu o risco do resultado morte das crianças. “Há notícia de que o autuado, mesmo advertido por outro adulto, resolveu empreender a manobra, sob efeito de bebida alcóolica, sem retirar as crianças do veículo”, reiterou.

“O fato é gravíssimo, uma verdadeira tragédia, com resultados que revoltam a sociedade. A prática de dirigir sob efeito de álcool deve ser coibida com rigor pelo Poder Judiciário, justamente para evitar resultados como este, em que vítimas indefesas tiveram ceifadas as suas vidas”, salientou o juiz.

Na avaliação do juiz, o motorista colocou em risco a aplicação da lei: “Acrescento que há notícia nos autos de que o autuado trocou de roupa, tentando se evadir do local dos fatos, circunstância que reforça a necessidade de sua prisão, por colocar em risco a aplicação da lei penal”.

Raimundo responde por três homicídios qualificados pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e pelo crime de dirigir sob o efeito de álcool.

Marcha errada

Segundo testemunhas, o homem errou a marcha e jogou o carro na lagoa. Os irmãos Sarah Vitoria Barbosa, de 1 ano; Henrique Gabriel Barbosa Maciel, 3; e Miguel Luís Barbosa Maciel, 4, estavam no veículo e morreram afogados.

Outros três adultos que também estavam dentro do carro conseguiram escapar com vida, entre eles a mãe e a avó dos pequenos, identificadas como Silvania Antônia Barbosa, 24, e Maria Adna Antônia de Jesus, 57, respectivamente.

Aos militares as mulheres contaram que saíram do município de Marajó (GO) com um amigo da família e passaram a tarde na lagoa. Ele fugiu do local, mas acabou preso logo depois.

“Mal parava em pé”

Uma testemunha que pescava no local disse ter ouvido um barulho do outro lado da margem e, quando se levantou para ver o que era, percebeu que um carro tinha caído na água. Ela conta que ligou para o Corpo de Bombeiros e que, ao chegar ao local, as duas mulheres e Raimundo haviam saído do veículo com uma criança no chão, aparentemente sem vida.

A testemunha disse ainda que “todos estavam embriagados” e que, inclusive, Raimundo “mal parava em pé”. Após ver o cenário trágico, ainda segundo a testemunha, o homem “saiu discretamente do local” enquanto ela tentava informar a localização ao Corpo de Bombeiros.

Depois do socorro inicial, o homem teria percorrido cerca de 6 km até sua residência.

O autor foi convidado a realizar o teste de etilômetro, fornecido pela Polícia Militar, tendo o aparelho apontado o resultado de 0,63 mg/L. O índice é mais que o dobro do percentual considerado crime de trânsito, 0,3 mg/l.

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