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Jovem que ocultou Naja tem prisão temporária prorrogada por mais 5 dias

Pedido foi feito pela 14ª Delegacia de Polícia. Gabriel Ribeiro está preso desde quarta-feira (22/7)

atualizado

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Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Krambeck, preso
1 de 1 Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro Krambeck, preso - Foto: Rafaela Felicciano/ Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) conseguiu, nesse sábado (25/7), a prorrogação da prisão temporária de Gabriel Ribeiro, o estudante de medicina veterinária suspeito de envolvimento na ocultação de provas da investigação que apura o tráfico de animais exóticos. A decisão foi expedida pelo 1° Juízo Criminal do Gama.

O jovem está preso desde quarta-feira (22/7) na carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal, no Departamento de Polícia Especializada, no Parque da Cidade. Ele foi alvo de mais um desdobramento da Operação Snake, que investiga um possível esquema de contrabando de animais no DF.

Com a prorrogação, Gabriel ficará mais cinco dias preso. Caso a 14ª DP (Gama) considere necessária a manutenção da prisão do estudante, deverá pedir a preventiva.

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Amanda Bedaqui, advogada de Gabriel, afirma que vai pedir revogação da prisão de seu cliente
O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente
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Amanda Bedaqui, advogada de Gabriel, afirma que vai pedir revogação da prisão de seu cliente

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O estudante de veterinária foi picado pela Naja que criava ilegamente

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Licença teria sido expedida a Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro.

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A Naja não é uma cobra típica do Brasil

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Zoológico de Brasília fez ensaio fotográfico com cobra que picou estudante

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Brasil não tem soro para o animal

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A serpente não é natural de nenhum habitat brasileiro

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A Naja foi transferida para o Butantan, em SP

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Naja no Zoo

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No Zoo de Brasília, serpente ganhou espaço próprio para sua espécie

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Policiais e fiscais do Ibama cumpriram busca e apreensão na casa do estudante de veterinária

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PCDF deflagrou operação

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Buscas foram feitas no Guará, Gama e Riacho Fundo

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Fuga com as cobras

Um depoimento ao qual o Metrópoles teve acesso aponta que Gabriel Ribeiro pretendia fugir com 16 cobras. As serpentes foram encontradas em um haras no Núcleo Rural Taquara, em Planaltina.

O proprietário do imóvel, um jovem que também estuda medicina veterinária com Gabriel, deu detalhes aos investigadores da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) sobre os fatos que ocorreram logo após Pedro Krambeck ser picado por uma Naja kaouthia que criava em casa, no Guará.

Pedro foi levado ao hospital Maria Auxiliadora, no Gama, e o amigo Gabriel Ribeiro iniciou uma peregrinação a fim de esconder os animais clandestinos que Pedro criava. Em depoimento, o rapaz conta ter recebido uma ligação de Pedro, que estava aparentemente desesperado. Ribeiro perguntou se poderia guardar duas cobras na chácara.

Gabriel foi até a casa do amigo por volta das 22h. De lá, seguiram para Planaltina. Ao chegarem no haras, as cobras foram colocadas pelo estudante em uma baia de cavalos. Os animais estavam dentro de caixas e foram transportadas na carroceria de uma Ford Ranger de cor prata.

O dono do imóvel alegou à polícia que não chegou a ver quantas serpentes ficaram no local. Afirmou que Gabriel o deixou de volta em sua casa, no Lago Norte. Destacou ter questionado o porquê de levar os animais para a propriedade rural, mas não obteve resposta. Gabriel informou apenas que ia voltar para pegar os répteis e que iria viajar com eles posteriormente.

No dia seguinte, o homem soube por meio dos jornais que Pedro tinha sido picado por uma Naja e que estava em estado grave. Preocupado, o rapaz ligou para o caseiro do imóvel e pediu para que ele olhasse quantas caixas haviam sido deixadas na baia dos cavalos. O funcionário verificou que não havia apenas duas, como o informado por Gabriel, mas muitos recipientes com animais.

O jovem tentou entrar em contato com Gabriel, mas alegou que o colega “sumiu”. Logo em seguida, teve conhecimento de que Ribeiro voltou à chácara, mas que pegou apenas uma das cobras. Ele conta que pensou em denunciar a situação, mas ficou com medo de ser taxado como “traficante de cobras”.

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