Jovem que ficou em estado vegetativo após acidente terá auxílio do GDF
Nayane Fragoso dependia, em tempo integral desde 2016, dos cuidados da mãe, Maria Clemilda, que largou o trabalho por causa da filha
atualizado
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O 1° Juizado Especial da Fazenda Pública determinou que o Distrito Federal disponibilize um profissional de saúde — enfermeiro, técnico de enfermagem ou cuidador — além de visitas mensais de um médico a Nayane Fragoso de Almeida, 25 anos, que vive em estado vegetativo desde 2016, após sofrer um acidente de trânsito em Samambaia.
Segundo a decisão, o profissional deverá ficar encarregado por um período de duas horas diárias ou 10 horas semanais dos cuidados a jovem.
Em agosto do ano passado, o Metrópoles revelou que Nayane dependia, em tempo integral, dos cuidados exclusivos da mãe, Maria Clemilda Fragoso de Souza, 58, que largou o trabalho por causa da filha e buscava auxílio para conseguir atendimento domiciliar, o home care.
“Estou me sentindo feliz com essa primeira vitória. Já é uma grande ajuda pra mim. Só eu sei a luta que passo 24h. São cinco anos sozinha o tempo todo”, diz a genitora.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que recebeu a notificação e “responderá ao órgão de controle dentro do prazo estabelecido”.
Memória
Mesmo com o auxílio de doações nos últimos anos, Maria Clemilda enfrenta dificuldades para prosseguir com o tratamento. “Estou com problema na coluna, na perna, porque ela está pesada. Eu, sozinha, cuido dela”, contou, a mãe, em agosto.
À época, segundo Maria Clemida, ao procurar pelo serviço na rede pública, o pedido acabou negado. “Eles falam que ela só tinha direito se ela respirasse por aparelho, mas ela usa traqueostomia”, alegou. “Tudo o que eu faço com ela é na cama: banho, medicação por sonda. É uma luta muito grande”, complementou.
Maria Clemilda conseguiu que a filha se aposentasse e, além das doações, sobrevive com um salário mínimo, dividido entre aluguel da residência, contas e outras demandas.
Acidente
O acidente de trânsito que deixou Nayane em estado vegetativo aconteceu em 31 de julho de 2016, enquanto voltava de uma festa com quatro amigas. Próximo ao destino, a condutora perdeu o controle e capotou o veículo por diversas vezes no canteiro central da avenida próxima ao Parque Três Meninas, na QR 409 de Samambaia.
Com o impacto, duas mulheres morreram e duas ficaram gravemente feridas, com traumatismo craniano grave.