Jovem que denunciou suposto estupro em Réveillon vira ré na Justiça
Ela tem até o próximo dia 18 para responder à acusação. Caso não se manifeste, a Defensoria Pública do DF será nomeada para fazer a defesa. O caso ocorreu no começo deste ano, quando ela acusou um segurança de violentá-la em uma festa na Asa Norte
atualizado
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O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aceitou a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) contra a estudante que acusou um segurança de suposto estupro em uma festa de comemoração de Ano Novo no Barracão da Acadêmicos da Asa Norte este ano. Ela responderá agora na Justiça pelo crime de denunciação caluniosa.
A decisão da juíza Maryanne Abreu, da 8ª Vara Criminal, foi publicada no último dia 8. A jovem, que agora é ré, tem até o dia 18 para responder à acusação. Caso não se manifeste, a Defensoria Pública do DF será nomeada para fazer a defesa dela.
O caso ganhou repercussão depois que ela relatou, por meio das redes sociais, supostamente ter sido estuprada pelo segurança Wellington Monteiro, 33 anos durante a festa “The Box Reveião” . Ela postou o registro do boletim de ocorrência, feito na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), e os medicamentos recebidos durante o atendimento hospitalar, além de uma carta dando detalhes do que teria ocorrido na madrugada de 1º de janeiro deste ano.De acordo com o relato, passava da meia-noite quando o homem com trajes de segurança interrompeu a dança dela. Segundo o relato, ele a teria coagido a sair da festa. Mesmo sem entender, ela, segundo relatou à época, teria acatado a determinação. Wellington, por sua vez, sempre alegou inocência. Embora tenha confirmado ter mantido relações sexuais com a jovem, disse que o ato foi consentido e que a jovem não estava embriagada.
Em fevereiro, a Polícia Civil concluiu que não houve estupro, e encerrou o inquérito. Segundo os investigadores, o suposto autor foi identificado e ouvido, momento em que confirmou a relação sexual, porém que foi consentida. Também foram ouvidas diversas testemunhas, que informaram ter havido “um prévio envolvimento entre as partes ainda dentro da festa e que ambos saíram da festa de mãos dadas.” Exames realizados na estudante da Universidade de Brasília (UnB) também não confirmaram a violência sexual.
O Metrópoles não conseguiu contato com os envolvidos para repercutir a decisão da Justiça.