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Jovem induzida ao suicídio por grupo na internet agonizou por 2 horas em hospital

Os médicos que atenderam a vítima falaram que ela precisava tomar um medicamento chamado Azul de Metileno, que estava em falta na rede

atualizado

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Reprodução/PCDF
homem sendo preso
1 de 1 homem sendo preso - Foto: Reprodução/PCDF

A jovem de 21 anos que morreu após ser vítima de um grupo criminoso que divulgava diferentes maneiras de cometer suicídio agonizou durante duas horas no Hospital Regional do Paranoá, após consumir uma substância tóxica. Ela ingeriu uma substância específica com o intuito de testar os efeitos em seu organismo a fim de conseguir um possível autoextermínio.

A mulher, que morreu em 3 de fevereiro deste ano, era aficionada em jogos on-line e participava de um grupo no WhatsApp criado pelos criminosos. Na plataforma denominada “CTBus” (catch the bus, expressão em inglês utilizada para se referir ao cometimento de suicídio), os membros apresentavam orientações para a realização do ato extremo. Eles também usavam a Dark Web e o Telegram para propagar o conteúdo proibido.

Após ser socorrida pelos pais e levada pelo Corpo de Bombeiros ao hospital, os médicos avisaram à família que a jovem precisava tomar um medicamento chamado Azul de Metileno para que sua vida fosse salva. A substância, no entanto, estava em falta na unidade do Paranoá e em todas as outras da rede.

Desespero

Desesperados, parentes da jovem saíram às ruas percorrendo farmácias e outros hospitais tentando comprar o medicamento. A jovem, no entanto, morreu às 3h40, duas horas após ingerir a substância tóxica recomendada pelos criminosos para “simular” o suicídio.

Os quatro suspeitos foram detidos nessa quarta-feira (29/9) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Investigação conduzida pela 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) resultou em mandados de prisão e busca e apreensão em Brasília, Goiás, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no interior paulista.

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Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

Arte/Metrópoles

 

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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