Jovem é agredido e fratura rosto em briga, por “atrapalhar” estacionamento no DF
Vítima teria sido acusada por motorista de impedir estacionamento de veículos, no Setor de Desenvolvimento Econômico (SDE) de Taguatinga
atualizado
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Um empreendedor do Distrito Federal sofreu uma fratura na região do olho e do nariz, após ser espancado por quatro pessoas, na Quadra 2 do Setor de Desenvolvimento Econômico (SDE) de Taguatinga. A vítima, Marcus Luiz Mendonça, 28 anos, afirma que apanhou depois de um dos agressores alegar que ele atrapalhava o estacionamento de veículos na região.
O caso ocorreu no último dia 17, por volta das 19h, e é investigado pela 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) como ocorrência de lesão corporal, difamação, injúria e ameaça.
Veja imagens:
Marcus Luiz mora em uma quitinete no SDE. Abaixo do imóvel, há uma lanchonete que pertence à esposa de um dos suspeitos de iniciar as agressões. Na data do ocorrido, a vítima arrumava uma roçadeira, perto do estabelecimento, quando o marido da dona do comércio — identificado apenas como Sebastião — teria aparecido e dito, de maneira agressiva, que a vítima o impedia de estacionar o carro.
Sem concordar com a afronta, Marcus Luiz teria respondido em voz alta e de maneira ríspida. Nesse momento, segundo a vítima, o motorista tentou agredi-la com uma barra de ferro.
“Eu entrei na frente, para impedir que ele me agredisse, e pedi que ele parasse. Eu não entendia o motivo da confusão. Nesse momento, três funcionários de uma mecânica da região apareceram por trás [de mim] e começaram a me agredir, com socos, chutes, e me nocautearam”, detalhou a vítima ao Metrópoles.
Marcus Luiz acrescentou que os agressores também danificaram a roçadeira, dois celulares e um fone de ouvido dele. “Foi uma ação covarde. Eles achavam que eu estava agredindo o senhor e me atacaram na intenção de defendê-lo”, acredita o empreendedor.
Durante a confusão, a dona da lanchonete teria tentado apartar a briga e dito para a vítima que poderia “dar problema para ele”, caso denunciasse o ocorrido.
Acionada para ir ao local, uma equipe da Polícia Militar ouviu os relatos dos envolvidos, mas não os levou para a delegacia, pois, inicialmente, a vítima não quis prestar queixa sobre agressão. “Como achei que não tinha sido sério o machucado, resolvi me preservar e não denunciar, até porque eu já não tinha uma boa relação com esse senhor [o motorista] e a esposa dele. Desde que me mudei [para a quitinete], eles têm me difamado, dizendo que sou traficante e problemático, o que não é verdade”, argumentou Marcus Luiz.
Ao perceber a gravidade das lesões, a vítima registrou boletim de ocorrência, na madrugada do dia seguinte, e procurou atendimento médico. “No hospital, ficou constatado que tive uma fratura na região do olho e do nariz. Também tive de passar por exame no Instituto de Medicina Legal”, contou.
Devido aos machucados, Marcus Luiz, que tem uma empresa de serviços de obras e paisagismo, não tem conseguido estudar ou trabalhar. “Preciso ficar em repouso, para melhorar dos machucados, o que tem prejudicado meu sustento”, completou. TANas mídias sociais, o empreendedor relatou o ocorrido.
Assista:
A reportagem não conseguiu contato com outros envolvidos na confusão até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.