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Jovem do DF denuncia padre que a repreendeu por “decote impróprio”

Beatriz Souza, 27 anos, usava vestido de festa como madrinha de casamento da prima-irmã, na Bahia. Caso aconteceu no último sábado (29/1)

atualizado

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Beatriz madrinha de casamento capa
1 de 1 Beatriz madrinha de casamento capa - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A servidora pública do Distrito Federal Beatriz Souza, 27 anos, foi repreendida por um padre durante a cerimônia religiosa de casamento da prima-irmã por usar um vestido decotado dentro da igreja. O caso aconteceu no povoado de Bebedouro, no interior da Bahia.

Ela contou que era madrinha de casamento da prima e o padre do município de Baianópolis (BA), Maycon Jilyéser José Borges Battisti, conhecido da família dela, julgou o vestido inapropriado para a ocasião pelo decote da peça.

Veja o vestido de Beatriz:

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Vestido de madrinha usado por Beatriz
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Ela relatou o caso nas redes sociais

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Vestido de madrinha usado por Beatriz

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O casamento ocorreu no último sábado (29/1) na Igreja Santa Luzia. Beatriz foi barrada pelo padre no momento das assinaturas dos padrinhos na cerimônia. Tanto ela quanto o padrinho que a acompanhava no altar. Eles se sentiram envergonhados diante de toda a igreja.

“Comprei o tecido e mandei confeccionar a peça. Ele me constrangeu. Na hora e, que dei o passo para ir assinar, ele fechou o livro e apontou para a minha roupa, mostrando o decote. Eu fiquei extremamente triste. Desde o acontecimento, choro horrores pela vergonha que passei. Além do episódio comigo, o mesmo padre vetou músicas que eram especiais para os noivos durante a cerimônia”, conta Beatriz.

De acordo com a funcionária pública, o líder religioso é conhecido como uma figura polêmica pelos moradores da cidade. Ele é o pároco da Paróquia Nosso Senhor do Bonfim, em Baianópolis. “Já presenciei a atitude em outros casamentos. Ele não é querido pela comunidade”, alegou a jovem.

Nas redes sociais, a jovem expôs o caso e tem recebido o apoio de amigos e desconhecidos. “Ninguém considera a minha roupa inapropriada. Estou feliz pela solidariedade de muitos que eu nem conhecia”, pontua.

Diocese

Beatriz é natural de Barreiras, foi criada no município baiano e, hoje, mora no DF. Ela comenta que resolveu expor o caso para que outras mulheres saibam se posicionar em atitudes como a relatada por ela.

Agora, a servidora pretende levar a denúncia ao bispo da Diocese de Barreiras.

“Já entrei em contato com a Diocese de Barreiras, e o bispo está disponível para uma conversa. Eles disseram que vão me apoiar. Vou até o fim e aguardo que a justiça possa resolver. Roupa não significa caráter de ninguém”, conclui Beatriz.

O outro lado

Procurada, a Diocese de Barreiras informou que ainda tenta marcar uma conversa entre Beatriz e o bispo para que o assunto seja esclarecido e as devidas providências sejam tomadas.

A reportagem também tentou contato com o padre Maycon por e-mail, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

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