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Jovem da Estrutural vai representar o país em competição nos Emirados

Wanderson dos Santos vai lutar pela medalha de ouro inédita na modalidade drywall durante a 44ª edição da WorldSkills, em Abu Dhabi

atualizado

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Wanderson Carlos – campeonato Abu Dhabi de profissões
1 de 1 Wanderson Carlos – campeonato Abu Dhabi de profissões - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

De família humilde, um morador da Estrutural vai tentar alçar voos mais altos no próximo mês. Wanderson Carlos Coimbra dos Santos, 21 anos, será o primeiro brasiliense a representar o Brasil em uma competição internacional na modalidade de sistemas de drywall e estucagem (técnica que prevê a correção de imperfeições após pronto o reboco).

Wanderson é um dos concorrentes da 44ª edição da WorldSkills, que ocorrerá em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes. Trata-se da maior competição de educação profissional do mundo, e será realizada entre os dias 15 e 18 de outubro com a participação de 1.264 estudantes de 68 países. Eles vão disputar troféus em 51 modalidades.

Em 2016, Wanderson foi o campeão brasileiro na modalidade de drywall e está há quase um ano sendo treinado pelo Serviço Nacional da Indústria (Senai) para a etapa internacional. O rapaz se dedica seis dias da semana, das 8h30 às 19h, para se aprimorar tecnicamente. E está ansioso com sua primeira viagem a outro país.

A ficha ainda não caiu, mas procuro pensar mais na prova. Estou muito feliz em saber que vou viajar e representar a nação lá fora. Sei que a concorrência é grande, mas só de estar lá representando o país, já estou satisfeito. Para completar essa felicidade, só trazendo a medalha

Wanderson Carlos

O jovem enfrentou um longo caminho até chegar a essa competição. Ele mora com o pai na Cidade Estrutural desde 2012. A mãe e a irmã vivem em Tocantins desde a separação dos pais, quando Wanderson tinha sete anos.

O pai trabalha em obras e, mesmo sem ter nenhuma formação, faz uso do drywall. “Meu pai é o responsável por tudo. Sempre o acompanhei durante os serviços e foi com ele que aprendi a usar a técnica. É graças a ele que trabalho com isso”, contou, orgulhoso.

A ligação com o Senai veio em 2013, quando começou o curso de Técnico em Segurança do Trabalho. Depois disso, não parou mais. Em julho de 2016, participou da etapa nacional do campeonato, em Manaus. Apesar do mal-estar, devido a uma desidratação, conseguiu completar as provas e se tornou o primeiro brasiliense a representar o país no mundial na modalidade de drywall. “Essa é minha última competição. A categoria só aceita participantes até os 21 anos. Mas tudo isso me trouxe muito conhecimento e isso ninguém me tira”, afirma.

Confira fotos de Wanderson e Gilberto:

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Ele mora com o pai na Cidade Estrutural e viaja para Abu Dhabi no próximo mês
O pai de Wanderson é sua grande inspiração: "Ele é o motivo de tudo"
O pai, mesmo sem formação, trabalha com o drywall e o ensinou a técnica
Esta será a primeira vez que ele vai para outro país
Wanderson pretende cursar alguma faculdade na área da construção
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Wanderson Carlos Coimbra dos Santos, de 21 anos, é o único representante do DF na categoria de sistemas de drywall e estucagem

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Ele mora com o pai na Cidade Estrutural e viaja para Abu Dhabi no próximo mês

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O pai de Wanderson é sua grande inspiração: "Ele é o motivo de tudo"

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O pai, mesmo sem formação, trabalha com o drywall e o ensinou a técnica

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Esta será a primeira vez que ele vai para outro país

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Wanderson pretende cursar alguma faculdade na área da construção

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Ele treina seis vezes por semana, das 8h30 às 19h, no Sesi do Guará

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Há quase um ano, ele treina para a competição mundial

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No Sesi do Guará II, ele faz simulados das provas

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Nas mãos de Wanderson está um molde do que será apresentado em Abu Dhabi

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Gilberto também vai participar da competição nos Emirados Árabes

Arquivo pessoal

 

Outros três moradores do DF e do Entorno vão competir do mundial em Abu Dhabi. Morador do Engenho das Lajes, divisa do DF com Goiás, Gilberto Ferreira Santos, 19, vai concorrer pela modalidade Aplicação de Revestimentos Cerâmicos; Fábio Serpa Crisóstomo, de Águas Lindas, compete em Movelaria; e Wisley Silva Pereira, de Santa Maria, em Refrigeração e Ar-condicionado.

Gilberto foi eleito o melhor técnico em revestimentos cerâmicos do país também no ano passado. Maranhense, o jovem mudou-se para o Distrito Federal aos seis anos. Assim como Wanderson, tem o pai, mestre de obras, como inspiração. A mãe dele trabalha como doméstica.

“Entrei no Senai porque trabalhava com meu pai desde os meus seis anos e sempre me imaginei fazendo algo na área. Agora me sinto mais preparado para o futuro”, afirmou. Esta não será a primeira vez que o rapaz viaja para outro país. Em julho deste ano, ele foi representar o Brasil na Rússia.

“Espero conseguir vencer e conquistar uma medalha. O Senai oferece uma bolsa para faculdade e quero fazer arquitetura, mas não tenho condições”, explicou.

Os quatro continuam no DF com outros 31 participantes brasileiros até segunda-feira (9/10), quando embarcam para Guarulhos (SP) e, em seguida, para os Emirados Árabes.

A competição
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), durante os quatro dias em Abu Dhabi, os estudantes devem completar desafios propostos pela organização da WordSkills, visando sempre o alto padrão de qualidade. Cada modalidade terá participação de apenas um representante de cada país, seja uma pessoa ou uma equipe.

Neste ano, a delegação brasileira vai contar com 56 alunos e ex-alunos do Senai, do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e dos Institutos Federais de Educação, que competirão em 49 modalidades. O grupo foi escolhido entre 407 inscritos após uma série de provas em 32 cidades do país. As equipes estão divididas em quatro centros de referência: Brasília, Joinville, Porto Alegre e Curitiba.

Os alunos do Senai que participarem da equipe brasileira serão recompensados pela instituição. E aqueles que conquistarem medalhas terão uma bolsa de estudos mensal de até R$ 3 mil, que poderá ser usada por até cinco anos.

Segundo o diretor-geral da organização, Rafael Lucchesi, o objetivo é estimular a continuidade da formação dos estudantes. “A experiência de participar de uma equipe da WorldSkills dá um resignificado para muitas experiências na vida dos competidores. O resultado é absolutamente transformador na vida desses jovens”, ressalta o Lucchesi.

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