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Jovem com paralisia cerebral fica “presa” sem tratamento em hospital

Brenda de Souza tem paralisia cerebral e tratamento de home care foi suspenso por falta de pagamentos públicos a empresa responsável

atualizado

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Brenda de Souza Oliveira, de 20 anos, tem paralisia cerebral e é uma paciente acamada. Sem vagas de home care disponibilizado pela rede pública de saúde, a família da jovem conseguiu, por meio de decisão judicial, que uma empresa especializada fornecesse o serviço por meio de pagamentos realizados pelo do Distrito Federal desde 2018.

No entanto, segundo a empresa, os repasses não foram feitos, e o atendimento deixou de ser realizado.

“A empresa, pelo fato de já estar com um débito muito grande do DF, havia me notificado informando sobre a dívida. […] Agora, o home care veio e nos trouxe para o hospital. Ela só ia fazer o procedimento no centro cirúrgico e voltava”, conta Danielle de Souza Pinto, mãe da jovem.

“O motorista da ambulância veio e falou que, quando terminasse, eu entrasse em contato para retornarem. Quando eu liguei, avisando que acabou o procedimento, o cara da ambulância falou para entrar no centro cirúrgico e voltar para o hospital, que eles não tinham autorização para vir buscá-la”, continua.

Com a situação, elas estão praticamente “ilhadas” desde a tarde desta quarta-feira (21/2) no hospital particular onde Brenda passou por um simples procedimento.

“Ela fez jejum, a última vez que ela se alimentou foi 6h da manhã, e estamos aqui no centro cirúrgico porque a doutora, como ela fazia esse procedimento, deu alta e foi para outro hospital. Eles não conseguem reverter para a gente ir para um quarto ou fazer alguma coisa. Eu estou aqui aguardando a doutora voltar”, disse.

A paciente foi admitida com a condição de recebimento antecipado a cada três meses, que seria feito mediante sequestro de verbas públicas na própria ação, e tão somente desta maneira. Segundo a empresa responsável, faz mais de dois anos não há o pagamento, sendo necessário o ajuizamento de ação própria para recebimento da prestação de serviço.

A mãe da garota conta que se sente indignada por não enxergar a importância do suporte a que a filha tem direito e que merece. “Fico decepcionada com a empresa por saber que são pessoas da área de saúde que juraram cuidar e no final fazem isso, independente do que for”, comenta Danielle.

O Metrópoles acionou a Secretaria de Saúde e o Governo do Distrito Federal (GDF). Ainda não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

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