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Jovem arrastada por 4 km no Lago Sul recebe alta: “Não vou desistir nunca”

Paula Thays, 18 anos, estava sob cuidados médicos no Hospital de Base após ficar em estado gravíssimo, sedada e intubada

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Mais de um mês após ser arrastada por 4 km em um grave acidente no Lago Sul, Paula Thays Gomes Oliveira (foto em destaque) recebeu alta do Hospital de Base na noite desta quarta-feira (23/9). A jovem, de 18 anos, está sob cuidados médicos na enfermaria da unidade após ficar em estado gravíssimo, sedada e intubada.

Antes de ter alta médica da unidade hospitalar, ela relembrou o estado grave em que chegou ao hospital após o acidente.

“Estava em uma situação muito feia, duvidei, pensei que nunca mais falaria, abriria o olho. Meu corpo estava numa situação muito feia. Aos poucos fui melhorando, o pessoal foi fazendo os enxertos e eu fui refazendo cada parte minha que ficou machucada. Sempre me trataram muito bem, agradeço muito”, comemorou Paula.

Ela assegura que as sequelas provocadas pelo acidente não a impedirão de realizar seu sonho: passar no concurso da Polícia Federal. “Estou mais forte com isso. Não vou desistir, sei que agora ficou mais complicado, mas não vou desistir nunca”, disse.

Veja a entrevista completa:

A vítima agradeceu a equipe médica do Hospital de Base pelo trabalho realizado ao longo de sua recuperação. “Daqui para frente é só melhora, me recuperei muito rápido. Os médicos salvaram minha perna direita, a patela estava muito machucada e por pouco eu não perdi a perna direita também. Aí teria perdido a mão e a perna, amputadas”, finalizou.

No dia 1º deste mês, a Polícia Civil do DF (PCDF) colheu, ainda no Hospital de Base, o depoimento de Paula. Segundo o delegado-chefe da 10ª (Lago Sul), Welington Barros, a jovem se lembra bem do atropelamento. No entanto, a polícia ainda busca esclarecer as questões envolvendo o acidente.

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A 10ª Delegacia de Polícia cuida do caso
O carro que atingiu o casal no Lago Sul estaria disputando um racha
Local onde ocorreu o acidente
Hospital de Base
CBMDF foi acionado para a ocorrência
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O motorista do carro envolvido se apresentou no dia 18, dois dias depois do acidente

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A 10ª Delegacia de Polícia cuida do caso

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O carro que atingiu o casal no Lago Sul estaria disputando um racha

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Local onde ocorreu o acidente

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Hospital de Base

Mike Sena/Especial para o Metrópoles
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CBMDF foi acionado para a ocorrência

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Jovem foi encontrada a 4km do local da colisão com fratura exposta no braço esquerdo

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Paula Thays teve uma das mãos amputada

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Paula Thays e Douglas

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Acidente

A jovem estava com o namorado, de moto, quando foi atropelada pelo funcionário comissionado do Senado Federal Caio Ericson Ferraz Pontes de Mello, 32 anos. O acidente ocorreu no dia 16 de agosto, na altura da QI 19 do Lago Sul.

Metrópoles revelou que o motorista, anteriormente, esteve envolvido em outros três acidentes, segundo registros da PCDF. Além disso, Caio Mello já foi autuado por várias infrações de trânsito.

As colisões nas quais o motorista do automóvel está envolvido constam como “sem vítimas”. A primeira delas ocorreu em agosto de 2016, na quadra comercial da 107/108 Sul. No ano passado, foram duas ocorrências: uma em abril, na Via Estrutural, e outra em agosto, no Setor Militar Complementar. Em 2006, ele ainda foi acusado de desacato.

Os arquivos do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) mostram pelo menos 17 infrações cometidas a partir de 2008, quando Caio tinha 20 anos. A violação mais comum do responsável pelo acidente que acabou causando a amputação da mão de Paula Thays é a de andar em velocidade acima do permitido.

Acima da velocidade

Em nove oportunidades, o funcionário comissionado do senador Lucas Barreto (PSD-AP) foi flagrado excedendo o limite da via em até 20%. Em outra infração, ele descumpriu a velocidade máxima entre 20% e 50%. Outras duas autuações vieram após ultrapassar o limite por mais de 50%, o que significa que em uma via de 60 km/h, por exemplo, ele estaria trafegando acima de 90 km/h.

As outras cinco infrações são por andar na contramão, dirigir sob influência de álcool por duas vezes, avançar o sinal vermelho ou placa de parada obrigatória.

Em uma dessas oportunidades em que foi parado por embriaguez, Caio acabou com a carteira de habilitação suspensa. A decisão foi publicada no Diário Oficial do DF em 2009.

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