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José Gomes e Roosevelt Vilela são alvos de operação da PCDF e do MP

Além dos endereços ligados a José Gomes, os investigadores também fizeram buscas na Administração Regional do Núcleo Bandeirante

atualizado

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José Gomes
1 de 1 José Gomes - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) fizeram buscas, na manhã desta quarta-feira (16/12), na casa e empresa do distrital José Gomes (PSB). As operações, reveladas pelo Metrópoles, são denominadas de Alpha 19 e Cidade Livre. Roosevelt Vilela (PSB) também é investigado, assim como o distrital Hermeto (MDB) – esse último, porém, não foi alvo de busca e apreensão.

Além dos endereços ligados a José Gomes, os investigadores cumpriram buscas na Administração Regional do Núcleo Bandeirante. As investigações na PCDF são conduzidas pelo Departamento de Combate à Corrupção (Decor), por meio da Divisão de Repressão a Corrupção (Dicor). O promotores do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) também participam.

Veja imagens da operação na CLDF:
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Policiais e promotores fazem buscas na CLDF
Policiais chegaram nesta madrugada à sede da CLDF
Operação é coordenada pela Decor
A ação ocorre um dia depois de a Casa escolher a nova Mesa Diretora
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Policiais e promotores fazem buscas na CLDF

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A ação ocorre um dia depois de a Casa escolher a nova Mesa Diretora

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Promotores do MPDFT também participam da operação

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Polícia Civil do DF investiga o caso, através da 38ª DP (Vicente Pires)

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As ações têm o objetivo de apurar irregularidades nas emissões de autorizações de uso de bens públicos e concessão de licença pela Administração do Núcleo Bandeirante, assim como o emprego de funcionários comissionados da CLDF em empresa particular e em serviços pessoais da autoridade nomeante e ainda o exercício ilegal de gestão empresarial por parlamentar.

As investigações apontaram que, desde 2015, foram emitidas autorizações de uso de bens públicos, sem o respectivo recolhimento de taxa de aluguel de espaço público, como, por exemplo, o Parque do Núcleo Bandeirante, cedido sem processo licitatório e sem contraprestação para o Poder Público, sendo o uso explorado economicamente por particulares.

Prova de lealdade

José Gomes foi condenado pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico. A defesa do parlamentar questionou a decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e no Supremo Tribunal Federal (STF). O político chegou a ser cassado, mas, em outubro deste ano, o ministro Dias Toffoli suspendeu a decisão, e o parlamentar retomou o mandato.

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Ação na Administração do Núcleo Bandeirante
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Ação na Administração do Núcleo Bandeirante

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O distrital é acusado por funcionários da empresa da família, a Real JG Serviços Gerais, de obrigá-los a votarem nele nas eleições de 2018. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Conforme mostrou a reportagem, o parlamentar foi denunciado por trabalhadoras demitidas, após se recusarem a fazer campanha para ele. Estão anexados ao processo áudios de um primo de José Gomes, nos quais ele pede que os empregados fossem leais ao empresário e votassem nele. A primeira suplente de Gomes é a ex-deputada distrital Luzia de Paula (PSB).

Em nota, José Gomes informou “que está tranquilo e que não cometeu nenhum ato ilícito. Ele irá cooperar com as investigações para dirimir qualquer dúvida”.

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O presidente do PSB-DF, Rodrigo Dias, destacou que o partido “defende que as investigações da PCDF e do MP sejam feitas com rigor e, caso se comprovem o teor das acusações, que os envolvidos sejam punidos exemplarmente.” Rodrigo acrescentou que o PSB “tem como uma de suas principais bandeiras a ética e a moralidade e, exatamente por essa razão, instaurou, inclusive, processo na Comissão de Ética contra o deputado José Gomes, em virtude da sua condenação por ilícitos de natureza eleitoral, estando o julgamento convocado para amanhã (17/12). O desdobramento das investigações será acompanhado atentamente pelo partido para avaliar eventuais medidas disciplinares.”

Roosevelt Vilela, também alvo da investigação, foi indiciado pela Polícia Federal por crime eleitoral em inquérito que apurou suposto uso de cargos na Administração Regional do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Park Way para captar votos em 2018. As apurações apontaram que o deputado, enquanto administrador das regiões, teria usado a máquina pública para supostamente se beneficiar. Ele teria feito nomeações em troca de votos.

O deputado Roosevelt Vilela disse, em nota, “que desconhece o teor das investigações, que, quando administrador e em toda a sua vida pública, sempre prezou pela lisura e responsabilidade com o bem público. Informo ainda que o meu gabinete e a minha casa não foram alvo de busca e apreensão. Reafirmo o meu compromisso em trabalhar sempre dentro da legalidade e da transparência com o bem público”.

Também por meio de nota, a Câmara Legislativa confirmou o cumprimento de mandado de busca e apreensão de documentos no gabinete do deputado distrital José Gomes (PSB) “A CLDF estará sempre à disposição dos órgãos investigativos e do poder judiciário para prestar quaisquer esclarecimentos”, informou.

Em nota, Hermeto alegou que não pediu nada em troca e que não tem relação alguma com o parlamentar do PSB. “Não vieram na minha casa, não foram no meu gabinete, não citaram meu nome. Agora, pode estar sendo investigado eu pedir emprego de copeira para José Gomes, como todo deputado faz. Pedir limpeza para ajudar as pessoas. O que eu pedi para ele qualquer um pede. Uma vaga de limpeza para uma pessoa que está precisando. Isso aí é normal. Ele é dono de uma empresa. Chega uma pessoa no teu gabinete, passando fome, pedindo ajuda. Eu falei: ‘Zé tem uma vaga de limpeza nas escolas’. Isso aí é normal, qualquer um faz. Isso eu não nego, não. Nada em troca de nada”, argumentou Hermeto.

Administração do N. Bandeirante

A Administração Regional do Núcleo Bandeirante também posicionou-se, na tarde desta quarta-feira (16/12), sobre as operações. Em nota, o órgão informou que, “apesar dos fatos terem ocorrido na gestão passada”, está “à disposição para eventuais esclarecimentos”.

O administrador, Adalberto Carvalho, também é alvo da operação. Nesta manhã, investigadores apreenderam documentos, celular e carro durante busca na casa dele. A assessoria da Administração Regional confirmou a informação, mas ressaltou que os objetos são funcionais e foram doados ao órgão na época em que Roosevelt Vilela era o administrador da cidade. O Metrópoles tenta contato com Adalberto.

Confira a nota completa:

A Administração Regional do Núcleo Bandeirante apoia a Operação Cidade Livre e Alpha 19 ou qualquer operação policial com objetivo apurar irregularidades na administração pública.

Apesar dos fatos terem ocorrido na gestão passada, a atual gestão se coloca à disposição para eventuais esclarecimentos.

Os gastos que envolvem o erário são publicados irrestritamente por esta Administração Regional no portal da transparência conforme a (lei n° 6.924,de 25 de julho de 2009).

Mesa Diretora

José Gomes foi escolhido, nessa terça-feira (15/12), para a Presidência da Comissão de Fiscalização Governança Transparência e Controle da CLDF. Além disso, ele será o vice de Agaciel Maia (PL) na Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Roosevelt Vilela (PSB) assumiu a Comissão de Segurança.

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