Jornalista A.C. Scartezini morre em Brasília, aos 77 anos

O jornalista Antônio Carlos Scartezini, conhecido como A.C. Scartezini, morreu na manhã deste domingo (4/9), aos 77 anos. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) havia um mês, devido a uma insuficiência cardíaca.

A.C. Scartezini nasceu em Goiânia, em 30 de dezembro de 1944, e mudou-se para Brasília em meados da década de 1960. “Ele se  formou na UnB, mas na época não havia diplomação em jornalismo, então ele se graduou em antropologia e ciência politica. Mas trabalhou com jornalismo”, conta o filho, Bernardo Scartezini, 46.

Bernardo é o único filho que Antônio Carlos teve com a esposa, Virginia Scartezini, 74, e também seguiu o caminho do jornalismo, como o pai.

Cobertura política

Conhecido pelo seu trabalho na cobertura política, A.C. Scartezini passou por importantes redações, tendo trabalhado na Rádio Nacional, no Jornal de Brasília, no Correio Braziliense, no Jornal do Brasil, na Folha de S. Paulo e na revista Veja.

“O auge da carreira do meu pai foi quando esteve na Folha e na Veja, principalmente acompanhando a redemocratização e o Movimento das Diretas Já, nos anos 80”, comenta Bernardo.

Com a experiência que adquiriu, A.C. Scartezini publicou dois livros: Segredos de Médici, com entrevistas que o jornalista fez com o ditador Emílio Garrastazu Médici já fora do cargo; e Dr. Ulysses, uma biografia de Ulysses Guimarães.

“Eu sou jornalista por causa dele, porque cresci nesse ambiente. Meu pai sempre teve uma biblioteca muito grande e grande apreço pelo cinema. Peguei essas duas paixões dele”, afirma Bernardo.

Desde a aposentadoria, Antônio vivia com a esposa no Lago Sul, em Brasília. O casal completou 50 anos de matrimônio em janeiro deste ano.

O velório de A.C. Scartezini será realizado na Capela 9 do Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, entre as 11h e as 13h desta segunda-feira (5/9). Depois, o corpo será cremado, em cerimônia fechada para a família.