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Jiboia, cascavel, coral. Saiba motivo de tanta cobra resgatada no DF

A maioria das serpentes está em busca de presas ou perdeu o abrigo por causa das chuvas. Algumas espécies são venenosas e oferecem risco

atualizado

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Divulgação PMDF
PMDF resgata seis cobras em duas semanas
1 de 1 PMDF resgata seis cobras em duas semanas - Foto: Divulgação PMDF

Na pista, no lixo, no galinheiro, no cesto de roupa suja e perto do JK Shopping, as serpentes estão nas ruas e dentro das casas e assustam os moradores do Distrito Federal. Desde sexta-feira (5/11), sete cobras acabaram resgatadas pelo Batalhão de Policiamento Ambiental (BPMA), sendo duas corais, duas jiboias, duas cascavéis e outra de espécie considerada exótica.

As cobras rastejavam pelo Lago Sul (2), Park Way (2), Ceilândia (2) e Jardim Botânico. De acordo com a bióloga Elisabeth da Costa, esses animais estão em período de reprodução, em busca de parceiros e à procura de novos lugares para se abrigar e colocar ovos.

Veja vídeo dos resgates:

Além disso, com a chegada da chuva, a bióloga comenta que os esconderijos das serpentes podem ter sidos inundados pela chuva.

“As cobras são organismos tímidos, então elas vivem ao nosso redor, mas, raramente, nos encontramos com elas. Como saímos de um período longo de seca, esses organismos têm um espécie de relógio biológico que os fazem buscar alimentos. Também entramos no período de reprodução de presas, que são os pequenos roedores e aves, então, isso aumenta a demanda de comida. Como os roedores, geralmente, estão próximos da nossa casa, as cobras começam a aparecer mais”, explica a bióloga.

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Cobra coral é resgatada em Ceilândia
PM apreende Cascavel no DF
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PMDF resgata jiboia no Jardim Botânico

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Cobra coral é resgatada em Ceilândia

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PM apreende Cascavel no DF

PMDF/ Divulgação
Veja as ocorrências mais recentes:

Sexta-feira, 5 de novembro

Policiais do Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) resgataram uma jiboia dentro de um cesto de roupas sujas em uma casa do Lago Sul. A família encontrou o animal e pediu ajuda da polícia.

Sábado, 6 de novembro

O BPMA encontrou uma cascavel no Conjunto 2 da Quadra 17 do Park Way, às 19h. A serpente estava na calçada de um condomínio na região.

Também no Park Way, a PMDF foi acionada para resgatar uma cobra-coral em uma casa no Conjunto 13 da Quadra 5, às 20h. O animal estava no quintal da casa da família e havia sido preso em um balde pelo proprietário.

Neste mesmo dia, a PMDF resgatou uma jiboia-arco-íris em um galinheiro no Condomínio Quintas da Alvorada, no Jardim Botânico. A família encontrou o animal no local e solicitou o resgate.

As três serpentes, aparentemente saudáveis, serão soltas em local apropriado.

Domingo, 7 de novembro

A PMDF encontrou uma cobra-do-milho, próximo ao JK Shopping, por volta das 16h30. A serpente, considerada exótica, estava na rua.

Terça-feira, 9 de novembro 

Policiais militares ambientais resgataram uma cascavel no quintal de uma casa no Lago Sul. A família encontrou o animal e ligou para o 190.

Quarta-feira , 10 de novembro 

Uma cobra-coral encontrada em uma usina de compostagem de lixo, na QNP 28, em Ceilândia Sul, assustou as pessoas que estavam no local. As testemunhas chamaram o Batalhão por volta das 6h30.

No local, a PMDF encontrou a cobra aparentemente saudável e a soltou em local apropriado.

Riscos

Não é apenas um susto. A bióloga Elisabeth alerta para o perigo das cobras. “Sempre há risco, porque entre as cobras existem as peçonhentas e as não peçonhentas. Apesar do índice de fatalidade por esses animais ser baixo, é melhor evitá-los, já que a maioria das pessoas não sabe diferenciar as espécies mais venenosas”, esclarece.

Das serpentes resgatadas na última semana, a mais perigosa é a cascavel. Segundo especialista, a espécie é considerada arisca e venenosa, apesar de não ser agressiva. A cobra-coral também é um risco para os moradores. “São vários tipos de coral, como nunca sabemos ao certo as mais perigosas, o conselho é evitar todas”, alerta a biológa.

A jiboia é a espécie mais comum de ser encontrada em ambientes domésticos. Apesar de não ser venenosa, é famosa por estrangular as vítimas. De acordo com Elisabeth, o animal é importante para o controle de roedores nas cidades.

A cobra-do-milho é uma espécie exótica, que tem sido fartamente comercializada como pet. “Ela é um bicho americano que procria muito. Quando encontramos essa espécie em área urbana é porque alguém estava criando e o bicho escapou, certamente. Além disso, ela é um grande risco para nós”, ressalta Elisabeth.

Como evitar

Ao encontrar uma serpente é preciso manter-se em distância segura e, em seguida, chamar as autoridades ambientais. Para evitar que os animais apareçam, é preciso manter os ambientes residenciais sempre limpos e higienizados, pois quanto mais entulho no quintal maior a chance de o animal encontrar um lugar para se esconder.

“Também é preciso ter muito cuidado com os restos de comida. Lixos atraem ratos, que são um dos principais alimentos das cobras. O primeiro passo é cuidar do lugar onde moramos. Assim, evitaremos grandes problemas com as cobras”, explica.

Os telefones do BPMA são: (61) 3190-5100, 3910-1965 e 99969-3328.

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