Jeane, vítima de feminicídio, era proibida de ter contas em redes sociais
Jeane Sena da Cunha Santos foi morta pelo marido João Inácio dos Santos com um tiro de espingarda na terça-feira (17)
atualizado
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Jeane Sena da Cunha Santos, 42 anos, foi morta, nesta terça-feira (17/1), pelo companheiro, João Inácio dos Santos, 54, no Setor de Mansões Park Way. De acordo com pessoas próximas à Jeane, João era controlador e não deixava a companheira ter redes sociais.
O casal estava junto há cerca de 17 anos, entre idas e vindas. Antes do feminicídio, os dois haviam reatado há pouco tempo.
Larissa Lustosa, 41, amiga de infância de Jeane, contou ao Metrópoles que João não deixava a mulher sair sozinha. “Quase sempre que íamos sair, ele tinha que estar junto. Ela se sentia meio sem liberdade”, detalhou.
Ainda de acordo com a amiga, Jeane não podia ter redes sociais. “Ela relatava que ele não a deixava ter redes sociais”.
João atirou em Jeane com uma espingarda calibre 12. Logo em seguida, ele também tirou a própria vida.
O crime está em investigação na 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante). Segundo o delegado Zander Viera Pacheco, João Inácio tinha histórico de violência doméstica, com várias ocorrências. O casal havia se separado recentemente, mas tinham acabado de reatar a relação.
“O relacionamento sempre foi conturbado e no dia do crime ouve uma discussão, que somatizou problemas anteriores”, contou o delegado. As investigações também encontraram indícios de que o feminicída teria histórico de problemas psicológicos.”
João Inácio já tinha passagem por disparo de arma de fogo, violência doméstica e diversas desobediências à medida judicial protetiva.
Segundo apurou o Metrópoles, o mesmo homem, em 1999, mandou guinchar o carro de uma outra ex-esposa, com quem viveu por três anos. O caso ocorreu em Belo Horizonte (MG), quando o suspeito sumiu com os pertences da vítima. Na época, ela descobriu possíveis traições do então marido e decidiu ir embora de casa.
<strong>Veja imagens do local do crime:</strong>