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Jean Wyllys participa de ato na UnB em apoio à cuspida em Bolsonaro

Estudantes da UnB, PSol e movimentos sociais organizaram evento na noite desta quinta-feira (28/4). Deputado que cuspiu no colega durante sessão de votação do impeachment de Dilma Rousseff na Câmara diz não se arrepender

atualizado

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jean wyllys na unb
1 de 1 jean wyllys na unb - Foto: Letícia Carvalho/Metrópoles

Com bandeiras LGBTs, estudantes da Universidade de Brasília (UnB) se reuniram, na noite desta quinta-feira (28/4), na Praça Chico Mendes, para um ato público de apoio ao deputado federal Jean Wyllys (PSol-RJ), que protagonizou um dos momentos mais tensos da sessão que aprovou a continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, no último dia 17. Após ter sido ofendido, o parlamentar cuspiu no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

Wyllys esteve no encontro liderado pela Executiva do PSol-DF e Setorial LGBT do partido. O deputado federal Chico Alencar (PSol-RJ), representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também participaram da roda de conversas.

Rodrigo Rodrigues, diretor da CUT-DF, fez um discurso em homenagem ao deputado. “Quando você cospe no Bolsonaro, você representa todo mundo que está na rua contra o golpe. Tirar a Dilma do poder é tirar os direitos dos trabalhadores”, apontou.

Antes de passar a palavra para Jean Wyllys, Chico Alencar citou o filósofo e sociólogo Karl Marx e afirmou: “A melhor forma de mostrar solidariedade ao Jean é estar junto às batalhas que ele trava e falar com os diferentes e indiferentes as nossas causas”.

Durante sua fala, Jean Wyllys disse que não se arrepende pelo cuspe e que não pedirá desculpas. “Quando a gente aperta um dedo na porta de um carro, xingamos até a nossa última geração. Agora, imagine a dor sentida por uma pessoa que teve todas as unhas da mão arrancadas durante a ditadura. Meu ato foi um ato cívico para um homem que faz homenagens a torturadores.”

 

 

Ele ainda comentou que, durante a viagem que fez recentemente ao Uruguai, um morador de lá o parou na rua para dizer que “a democracia da América Latina depende da democracia brasileira”. O discurso de Jean foi fortemente aplaudido pela plateia que gritou: “Me representa”. Alguns alunos e militantes do PSol estavam com um pano vermelho no pescoço para representar o cachecol usado pelo deputado federal na votação do afastamento de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

 

 

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