Jaqueline e Weslliane Roriz são condenadas em 2ª instância pelo TJDFT
As herdeiras do ex-governador Joaquim Roriz foram condenadas por lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Aquarela
atualizado
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A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) condenou no âmbito da Operação Aquarela, nessa quinta-feira (13/8), as irmãs Jaqueline e Weslliane Roriz pelo crime de lavagem de dinheiro. Cabe recurso. E como o acórdão não foi publicado, ainda não se sabe como serão as penas.
Esse julgamento é referente ao caso do Edifício Monet, em Águas Claras. Segundo a denúncia do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), o ex-governador Joaquim Roriz, pai de Jaqueline e Weslliane, interferiu na liberação de empréstimo de quase R$ 7 milhões, valor da época, do Banco de Brasília (BRB), para a construção do prédio residencial.
Ainda de acordo com a acusação, o clã Roriz distribuiu 12 apartamentos entre os familiares.
A 2ª Turma Criminal manteve a multa de R$ 510 mil a título de reparação mínima aos cofres públicos. O valor será atualizado. O colegiado acolheu, por maioria, parte do recurso do MPDFT e aumentou a pena, mas as novas punições ainda não foram divulgadas.
“Entre 2004 e 2007, o então governador Joaquim Roriz, já falecido, aceitou receber da construtora WRJ 12 apartamentos no Edifício Monet. Em troca de quê? Sabe-se muito bem que construtora não costuma ser tão generosa”, disse o relator do caso, o desembargador Jair Soares.
À reportagem, o promotor de Justiça Clayton Germano disse que “o Ministério Público sempre acreditou que os réus fossem condenados em virtude do grande acervo probatório que demonstrou a prática dos crimes no âmbito da Operação Aquarela”.
Entenda
A ex-deputada federal Jaqueline Roriz e a irmã mais velha dela, Weslliane Roriz, foram condenadas pela 2ª Vara Criminal de Brasília, em 2019, a 3 anos de prisão em regime aberto, pelo crime de lavagem de dinheiro, e ao pagamento de multa no caso do Edifício Monet.
Outras cinco pessoas também foram sentenciadas no caso, incluindo o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura. O ex-dirigente do BRB Antonio Cardozo de Oliveira e Geraldo Rui Pereira receberam pena de dois anos de reclusão por corrupção passiva.
Donos da WRJ, Roberto Cortopassi Junior e Renato Salles Cortopassi foram condenados a 5 anos e 8 meses de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos réus. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.