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Janeiro de 2024 foi o mês com mais casos de dengue na história do DF

Com 52.059 casos prováveis de dengue, janeiro de 2024 foi o mês em que mais pessoas foram infectadas pela doença na história do DF

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Hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), na Ceilândia, tem movimento intenso de pacientes buscando atendimento contra a dengue – Metrópoles 6
1 de 1 Hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB), na Ceilândia, tem movimento intenso de pacientes buscando atendimento contra a dengue – Metrópoles 6 - Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

Com 52.059 casos prováveis de dengue registrados, janeiro de 2024 foi o mês em que mais pessoas foram infectadas pela doença na história do Distrito Federal. O levantamento realizado pelo Metrópoles contabilizou os dados de toda a série histórica de casos prováveis em residentes da capital federal, considerando as informações de todos os meses desde 2007. Os números foram repassadas pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF).

Até a metade de fevereiro, outros 14.302 teriam contraído dengue no Distrito Federal. Apesar de ainda não ter chegado ao fim, este mês também já é considerado um dos períodos com maior registro de casos na história.

Para efeitos de comparação, janeiro teve mais notificações de dengue que o somatório dos casos de 2007 a 2015, quando, ao todo, mais de 47 mil brasilienses foram infectados. A capital federal já viveu outros grandes surtos da doença, mas nunca de forma tão severa. Abril de 2022, por exemplo, foi o segundo mês da história com mais casos, registrando mais de 18 mil ocorrências.

Veja a evolução dos casos de dengue no DF:

A Secretaria de Saúde ressaltou que os dados deste ano estão sujeitos a alteração porque podem aparecer casos referidos a janeiro, por exemplo, que ainda não foram contabilizados. Para a SES-DF, os casos prováveis são todas as situações notificadas como suspeitas que apresentam febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e duas ou mais dos sintomas de dengue.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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De acordo com o órgão, uma série de fatores pode interferir em uma epidemia em cada período, como as variações de vírus prevalentes naquele período e a imunidade maior ou menor da população em relação aos sorotipos da doença, o que pode interferir na gravidade dos casos e nos óbitos. Além disso, questões climáticas podem contribuir para uma maior proliferação do vetor da dengue, que é o mosquito Aedes aegypti.

Dengue em 2024

Segundo o boletim epidemiológico divulgado na última quarta-feira (14/2), os primeiros 45 dias deste ano registraram 23 mortes por dengue. Das  vítimas da doença na capital federal neste ano, 13 são homens, e 10, mulheres. A maior incidência ocorre entre pessoas com 80 anos ou mais – grupo que teve cinco mortes confirmadas (21,7% do total).

Em todo ano, o DF registrou 67.897 casos prováveis de dengue, dos quais 66.361 (97,7%) ocorreram entre moradores da capital do país. Em relação ao mesmo período do ano passado, as notificações aumentaram 1.303,9%.

As regiões de Ceilândia, de Taguatinga, do Sol Nascente/Pôr do Sol, de Brazlândia e de Samambaia concentram o maior número de casos prováveis da dengue no Distrito Federal, segundo dados da Secretaria de Saúde.

Em 2024, Ceilândia figura em primeiro lugar, com 12.983 casos prováveis da doença. Bem atrás de Ceilândia, mas em segundo lugar no ranking das regiões administrativas com mais notificações de dengue, está Taguatinga, que registrou 3.772 casos prováveis.

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