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“Já estava perdendo o ar”, diz mais uma vítima de Marinésio

Moradora do Arapoanga e conhecida de Letícia Sousa Curado, Janaína Dias Lopes afirma ter sido atacada pelo cozinheiro em 2015

atualizado

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Arquivo Pessoal
Janaina
1 de 1 Janaina - Foto: Arquivo Pessoal

Um novo caso de assédio sexual é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Possível vítima do cozinheiro Marinésio dos Santos Olinto, uma mulher de 25 anos denunciou o maníaco na 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), nesse domingo (01/09/2019), por um crime que conta ter acontecido em setembro de 2015.

Na data em que ocorreu o caso, Janaína Dias Lopes, moradora do Arapoanga, voltava da escola e esperava um ônibus em parada próxima ao Hospital de Planaltina, por volta das 22h. “Foi quando alguém passou do lado. Era um carro branco, não era uma Blazer igual estão dizendo. Ele estacionou e pensei: ‘Vou fingir que estou andando. Se ele sair, eu volto para a parada’. Mas, então, ele me apontou uma faca, colocou na minha cintura e pediu para andarmos como se fossemos amigos”, narrou a mulher.

“Começamos a descer a avenida em direção ao Arapoanga, tudo a pé. Até que ele me levou para o mato e me mandou ficar quietinha. Falou para eu não me mexer, se não ele me mataria”, completou Janaína.

Além de tentar tirar a roupa dela e beijá-la, Marinésio a teria enforcado. “Ele pegou o joelho dele e pressionou minhas duas mãos. Eu lembro que já estava perdendo o ar. Aí, pareceu que uma luz me falou: ‘Janaína, se finge de morta'”, disse.

Moto

Após lutar para fugir do cozinheiro, Janaína contou que conseguiu ajuda de um motociclista que trafegava pela pista, próximo ao matagal em que estava. “Passou uma daquelas motos que ficam buzinando à noite e ele se assustou. Quando ele levantou, eu dei um chute nele e consegui correr. Chamei essa moto e ele me levou em casa.”

Após saber do caso do assassinato de Letícia Sousa Curado, 26 anos, sua conhecida, Janaína resolveu fazer a denúncia. “A Letícia era minha cliente: eu trabalhava em um supermercado que ela comprava. Na hora que vi, não acreditei”, afirmou. “Eu estou muito abalada com isso. É triste, porque, depois disso tudo, ainda tem mais vítimas. Mas, ao denunciar, acredito vai parecer mais gente”, acrescentou.

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