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Irmão do motorista de app: “Agonizou bastante antes de morrer”

Parente lembra que Maurício Cuquejo, vítima de emboscada na Granja do Torto, tinha hemofilia. Os suspeitos estão presos

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1 de 1 Mauricio-Cuquejo-4 - Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

O motorista de aplicativo Maurício Cuquejo Sodré, assassinado nessa quinta-feira (23/01/2020), tinha hemofilia. A Polícia Civil (PCDF) prendeu no mesmo dia três adultos e um adolescente suspeitos de participação no latrocínio. O corpo do jovem, 29 anos, foi encontrado em uma poça de água na região da Granja do Torto.

Marcus Vinicius, irmão de Mauricio, acredita ele tenha morrido por conta do sangramento excessivo devido à doença. “Como temos esse problema, nossas feridas demoram a cicatrizar e, por isso, sangram muito. Acho que ele agonizou bastante antes de morrer”, lamentou o familiar, 23.

De acordo com ele, Maurício era bem próximo da família e do próprio irmão. “Era uma pessoa muito tranquila. Toda segunda ele ia lá em casa para lavar o carro dele. A última vez que o vi foi na terça, quando foi deixar uns documentos lá”, contou o jovem (na foto em destaque, ao lado de Maurício e da mãe, Maria do Socorro).

Marcus conta que o irmão estava empolgado com o futuro. “Estava cheio de planos, de expectativa, queria até comprar uns livros de economia para entender mais sobre o assunto”, lembra.

Esse é o segundo caso de morte de motorista de aplicativo em 2020 no Distrito Federal. No dia 18 de janeiro, o corpo de Aldenys da Silva, também de 29 anos, foi localizado às margens da BR-070, na entrada de Brazlândia. Ele estava desaparecido desde 3 de janeiro.

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Maurício era formado em gastronomia, mas trabalhava como motorista de app
Local onde o corpo de Maurício foi encontrado
A Polícia Civil foi acionada
Viaturas no local do crime
Policiais na cena do crime
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Local onde o corpo foi achado

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Maurício era formado em gastronomia, mas trabalhava como motorista de app

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Local onde o corpo de Maurício foi encontrado

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A Polícia Civil foi acionada

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Viaturas no local do crime

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Policiais na cena do crime

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Investigações

Os quatro acusados de envolvimento no assassinato confessaram o crime. Segundo o delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), Laério Rossetto, os três adultos e o adolescente consumiam bebidas alcoólicas quando decidiram roubar o condutor.

“Ao interrogar e conversar com os autores, eles relataram que estavam bebendo e queriam levantar mais dinheiro para continuar consumindo bebidas. Eles, então, tiveram a ideia de roubar o motorista. Não tinha a menor necessidade de matarem a vítima. Mataram de pura maldade”, disse Rossetto.

“Temos indícios que apontam ter havido uma briga entre os suspeitos e o motorista. Ainda não sabemos quem desferiu as facadas, mas os golpes o atingiram na parte de trás da cabeça, no lado direito do pescoço e na face. Havia, ainda, três sinais de defesa com perfurações de lâminas no braço esquerdo e na mão direita da vítima. Isso mostra que ele [Maurício] tentou se defender.”

Após ser esfaqueada, a vítima foi colocada no porta-malas do veículo. “Ele foi colocado ainda com vida na mala. A ideia inicial era desovar o corpo no matagal, mas, segundo contam, como estavam sob efeito de álcool, acabaram entrando com o carro dentro do buraco”, detalhou.

“Apuramos que eles, então, decidiram desovar o corpo na vala. Antes, ainda desferiram mais facadas na vítima”, finalizou o delegado.

A Polícia Civil não irá divulgar como chegou até o paradeiro dos suspeitos para não prejudicar investigações futuras. O delegado, contudo, confirmou que os dados cadastrais de um dos suspeitos eram, de fato, do preso: ou seja, não era uma conta falsa criada apenas para cometer o crime.

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