Irmão de mulher que morreu com coronavírus no DF: “Fique em casa”
Em post emocionante no Facebook, Douglas Alessandro Rocha de Luiz agradeceu a todos os profissionais envolvidos nos cuidados a Viviane
atualizado
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Em post no Facebook, o irmão de Viviane Rocha de Luiz (foto em destaque), a primeira pessoa a morrer com coronavírus no Distrito Federal, Douglas Alessandro Rocha de Luiz agradeceu a todos os profissionais envolvidos nos cuidados à sua irmã.
“Todos eles se expõem todos os dias com a saúde de seu próprio corpo e expõem sua própria família para nos ajudar. Temos que respeitá-los e facilitar tudo que pudermos para não podemos ser ingratos e injustos….”, assinalou.
“Anjos”
O agradecimento foi endereçado aos envolvidos na internação, no tratamento e mesmo na preparação para cremar o corpo de Viviane. Ele também agradeceu o carinho e as orações de pessoas próximas neste momento difícil, chamando-as de “anjos”.
“É por isso que estou de pé. Obrigado a todos. Amo todos vocês.” Douglas disse que foi realizado um primeiro exame de sangue, que testou negativo para coronavírus, “o chamado falso negativo”. No segundo, deu inconclusivo usando o mesmo material genético.
“Foi feito outro exame que confirmou o coronavírus. Tudo isso levou cerca de oito dias para ter a confirmação. Isso quer dizer que o exame saiu quatro dias após o falecimento dela. Tá muito difícil, complicada toda essa situação. Por isso, respeite seu próximo. Fique em casa. Se cuide e cuide dos seus e dos outros”, destacou.
Viviane tinha 61 anos. Infectada com o novo coronavírus, ela morreu no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), na última segunda-feira (23/03). A confirmação de que a moradora de Brasília tinha a Covid-19 veio no fim de semana, com o resultado da contraprova, realizada pela Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Segundo informações do Governo do Distrito Federal (GDF), Viviane Rocha de Luiz entrou no Hran no dia 22 de março, com quadro de febre, desconforto respiratório e histórico de contato com paciente infectado pela Covid-19 que veio de São Paulo.
Grupo de risco
Viviane Rocha tinha comorbidades, de acordo com boletim médico. Sofria de obesidade mórbida, hipertensão arterial sem tratamento e era ex-tabagista. O quadro evoluiu para parada cardiorrespiratória às 11h40 do dia 23 de março.
Graduada em enfermagem, ela era assessora técnica do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Era uma defensora do Sistema Único de Saúde (SUS). O DF tem 301 casos confirmados da doença. Foram curadas, até o momento, 134 pessoas.